Justiça Eleitoral investiu R$ 300 milhões nas Eleições 2006



O número de urnas que apresentaram defeitos até as 22h40 de domingo (1º) foi de 3.359, ou 0,93% do total das 361.431 utilizadas. A votação manual, com cédula de papel, ocorreu em 102 seções: em São Paulo, em 31; na Bahia, em onze; dez no Rio Grande do Sul; oito seções em Minas Gerais; e sete em Pernambuco. Nenhuma urna foi substituída no exterior.

São Paulo teve mais urnas trocadas (31, ou 1,23% do total). Mas em Sergipe, Distrito Federal e Roraima, as trocas foram proporcionamente maiores: 3,96%, 2,76% e 2,43%, respectivamente. A justificativa, segundo o diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Athayde Fontoura Filho, foi a concentração de urnas mais antigas, especialmente de 1998, nesses estados. Athayde defendeu ainda o sistema eleitoral brasileiro, que considera seguro e eficiente "ao contrário do que tentam pregar". Essas eleições contaram com observadores internacionais.

De acordo com o diretor-geral, a Justiça Eleitoral investiu, nas eleições gerais de 2006, R$ 300 milhões, especialmente na segurança, no funcionamento e na manutenção das urnas eletrônicas e nas linhas de transmissão dos dados para a apuração. No pleito anterior, haviam sido gastos R$ 150 milhões.

- Este ano a Justiça Eleitoral investiu muito nas linhas de transmissão, o que garantiu mais agilidade e segurança nos resultados. Também temos que levar em conta a maior experiência dos tribunais regionais e a maior velocidade e qualidade da logística - disse.

O processo de totalização dos votos em 2006 foi mais rápido do que se estimava. Às 21h45, 90% dos votos em todo o país já estavam apurados e às 23h54, 99,20%. Houve demora na apuração especialmente em dois estados: Acre, por ocasião de fortes chuvas que atingiram o estado por volta das 17h, o que estendeu a votação até às 18h (20h, no horário oficial de Brasília), e em São Paulo, por ser o maior colégio eleitoral do Brasil.

- As eleições foram um sucesso, ganharam a população, o eleitor, os candidatos, a Justiça Eleitoral e a democracia - afirmou Athayde.

Normalidade

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio de Mello, considerou o pleito de 2006 "cercado de normalidade". Em sua análise, houve uma "pacificação" da disputa eleitoral. Ele disse acreditar que as modificações da Lei 9.504/97 (estabelecidas pela lei 11.300/06) possibilitaram a diminuição da violência e das irregularidades. De acordo com dados da Corregedoria Geral Eleitoral do TSE, houve 550 prisões em todo o país, sendo grande parte das ocorrências relacionada à prática da boca de urna. Os estados onde houve maior número de prisões foram Espírito Santo (304), Paraná (49), Paraíba (37), Pernambuco (37) e Amapá (32).



02/10/2006

Agência Senado


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