LANDO PROPÕE DISCUSSÃO AMPLA SOBRE PRIVATIZAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO
Amir Lando ressaltou que a Eletronorte tem importância fundamental no desenvolvimento regional da Amazônia, e criticou a proposta de modelagem de cisão e privatização da empresa, apresentada por seu presidente à Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal. A proposta prevê a criação de quatro holdings, uma empresa de geração e uma de transmissão.
As críticas do senador centraram-se na criação da empresa de geração de Tucuruí, que deverá ocorrer através de cisão. "O objetivo real da cisão é separar o "filé" da empresa para transferir a parte mais lucrativa aos investidores privados, deixando o "osso" nas mãos do Estado, que o mantém, apesar dos prejuízos, ou o transfere, também, a terceiros, a preços obviamente subestimados", afirmou o senador.
Lando disse que o governo federal acena aos governadores da Amazônia com a privatização, uma a uma, das empresas elétricas, revertendo os respectivos resultados aos estados onde se localizam, mas observou que "as promessas resultarão vãs". Ele lembrou a falta de viabilidade econômico-financeira dessas empresas, e o reduzido preço mínimo a ser obtido, dado o método de avaliação utilizado pelo programa Nacional de Desestatização.
A conseqüência desse processo, segundo Lando, será a destruição do setor elétrico da Amazônia. Lembrando as reações à privatização de Furnas e da Chesf, o senador conclamou os representantes da Amazônia a se unirem em torno da necessidade de uma profunda discussão sobre a privatização da Eletronorte. Ele frisou que não se trata de uma questão regionalista, mas de soberania nacional.
30/09/1999
Agência Senado
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