LAURO CAMPOS PREGA O GOVERNO DO "NÃO"



O senador Lauro Campos (PT-DF) afirmou que o país somente terá uma sociedade justa e igualitária quando possuir um governo que adote um programa corajoso, voltado para os interesses da população brasileira. Esse programa, segundo ele, deve ser baseado na política "do não", ou seja, não ao FMI, à dívida externa, à dívida pública e à dívida social.
Somente dessa maneira, no entender de Lauro Campos, é que o país poderia construir uma nação forte e ter uma sociedade "de pé e corajosa", ao contrário do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso que, em sua opinião, é avesso a dizer não e que, por isso, já começa a amargar a impopularidade, "com apenas 13% de aceitação perante a opinião pública, de acordo com as últimas pesquisas".
Para Lauro Campos, o capitalismo, e em especial a doutrina neoliberal, vem causando o desemprego, a fome e a miséria em todo o mundo. Ele apontou a "negatividade destrutiva e desumana" desse sistema como a principal responsável pela desagregação de nações inteiras, principalmente as localizadas no chamado terceiro mundo.
O senador pelo Distrito Federal considera que "é chegado o momento de os governos construírem sociedades voltadas para o homem, onde a saúde, educação, emprego e moradia, entre outros pontos, sejam prioritários".
- Mas com esse capitalismo que domina o mundo será praticamente impossível, alertou Lauro Campos.
Ele observou que de 1940 para cá, nada menos que 54 trilhões de dólares foram gastos somente nas áreas nuclear e bélica demonstrando que o capitalismo desenvolveu os meios de destruição, em detrimento da produção, o que levou ao aumento da miséria em todo o mundo.
Os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Bernardo Cabral (PFL-AM) e Romeu Tuma (PFL-SP), em apartes, destacaram as "colocações lúcidas" de Lauro Campos, lembrando que os discursos do senador petista são sempre bem fundamentados.

03/08/2000

Agência Senado


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