LAURO CAMPOS PREGA O NÃO PAGAMENTO DA DÍVIDA EXTERNA
O parlamentar condenou a política econômica do presidente Fernando Henrique Cardoso, ressaltando que em seu governo a dívida externa brasileira saltou de US$ 119 bilhões, em 1994, para os atuais US$ 242 bilhões. Ele lamentou o fato, lembrando que Fernando Henrique é o primeiro presidente consciente das conseqüências provocadas pela dívida externa aos países pobres, já que como sociólogo reconhecia, em seus trabalhos, que nesse processo de endividamento ia se criando uma anti-nação. Lauro ironizou o fato de o governo considerar um feito ter aumentado o perfil da dívida externa, estendendo o seu pagamento para mais 40 anos. "Grande vitória, agora seremos escravos por mais 40 anos", afirmou.
Na avaliação do senador, "é impossível suportar o que o imperialismo internacional vem causando à América Latina". Ele se disse obrigado a aplaudir declaração do deputado Delfim Netto (PPB-SP), que foi ministro em governos do regime militar, segundo a qual a situação vai chegar um ponto em que a humanidade vai acordar para a realidade do neoliberalismo. "Reconheço que ele assinou mil acordos com o FMI, mas não cumpriu nenhum", disse.
05/09/2000
Agência Senado
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