LAURO CAMPOS PRESTA HOMENAGEM A PARACATU



Em seu discurso de posse na Academia de Letras do Noroeste Mineiro, em Paracatu, o senador Lauro Campos (PT-DF) prestou homenagem à cidade mineira. Para Lauro, a cidade é o elo que o prende ao passado, mas que fornece as referências que permitem ampliar suas forças de luta.

- O passado me dá o ponto de apoio para o impulso vital que me conduz na direção da rebeldia que move o homem na construção do processo histórico contra a voracidade do domínio do capital sobre as pessoas - observou.

Lauro Campos tomou posse na Academia em 18 de abril último, e escolheu como patrono o escritor Bernardo Élis, falecido no início do ano. Segundo o senador, a escolha se justifica não apenas pela força literária de Élis, mas também porque sua obra possui o ambiente geográfico e humano do noroeste de Minas Gerais.

- Bernardo Élis é o produto intelectual e humano da mesma geografia social, das mesmas relações econômicas e de padrões culturais semelhantes, compostos por ingredientes históricos que ambientam a psicologia e, por isto, compõem os personagens que habitam a literatura de Minas e Goiás - afirmou.

O senador petista vê na obra de Élis elementos críticos ao sistema capitalista. Ele cita o conto A Enxada, que registra o nascimento do capital, ao flagrar o processo de transformação do mais simples instrumento de trabalho "em violento e invencível instrumento de opressão social, de exclusão do trabalhador". Em O Tronco, a mais importante obra de Bernardo Élis, está presente, segundo Lauro Campos, a questão da herança capitalista, expressa na luta pela apropriação do espólio.



29/05/1998

Agência Senado


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