LAURO HOMENAGEIA A MEMÓRIA DO PAI
O senador Lauro Campos (PT-DF) homenageou hoje (dia 2) a memória do seu pai, o jurista Carlos Campos, que hoje (dia 2) completaria 106 anos e que, segundo o senador, dedicou toda a vida ao estudo e à meditação, tentando desvendar "os hieróglifos do mundo". Ao final do pronunciamento, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, disse que essa homenagem ampliava sua admiração por Lauro Campos, cujo discurso, em sua opinião, traduzia a exaltação de um grande pai que teve um grande filho e que foi um dos mais notáveis mineiros deste século.
Lauro definiu seu pronunciamento como um preito de simplicidade, reconhecimento e amor por uma figura admirada não só pela família, mas por estudiosos do Direito internacionalmente reconhecidos. Disse que seu pai nunca perdeu o apego à democracia e nunca abandonou a independência intelectual, a seriedade e a curiosidade em relação aos problemas do mundo.Afirmou também que esse intenso amor pela democracia fez Carlos Campos levar para a Faculdade de Direito informações sobre várias ciências sociais.
Em testemunho desse amor pelo conhecimento, contou que seu pai, perto de morrer, pediu aos médicos que levassem um balão de oxigênio para a sala de aula, a fim de morrer fazendo o que gostava, prolongando ao máximo suas aulas.
Lauro Campos lembrou também as homenagens que, há seis anos, o então ministro da Educação, Carlos Santana, promoveu em celebração ao centenário de nascimento desse jurista. Informou que, além de um selo, essa homenagem resultou na inauguração de alguns bustos, um deles na Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais, onde Carlos Campos foi catedrático.
O senador disse que, ao longo de sua vida, sempre se sentiu vaidoso e sempre reconheceu a distância que separava sua biografia dos "píncaros atingidos pela figura do professor Carlos Campos". Lauro Campos observou que, com essa homenagem, queria dar um abraço espiritual no pai. Foi aparteado com palavras de elogio por Benedita da Silva (PT-RJ), Bernardo Cabral (PFL-AM) e Francelino Pereira (PFL-MG).
02/02/1998
Agência Senado
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