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Legislativo preserva a sua memória
Método de abreviar palavras para registrar os discursos é utilizado na Assembléia desde 1935

A preservação da memória política dos parlamentos se deve exclusivamente a uma das profissões mais antigas da humanidade: a taquigrafia. De origem desconhecida, a técnica de abreviar palavras se mantém atual, pois a tecnologia não conseguiu substituir o método que consiste em escrever tão ligeiro quanto se fala. As gravações dos discursos e a informática vieram para facilitar o trabalho dos profissionais, garantindo maior agilidade no resultado final. A história da taquigrafia no Rio Grande do Sul surgiu na década de 1930, quando o Irmão Pedro, da Ordem dos Padres Lassalistas, passou a utilizar o método francês Duployé, exclusivamente para a atividade comercial. A taquigrafia parlamentar foi introduzida no Estado por Bolívar Fontoura, que morreu aos 98 anos, em junho do ano passado. Fontoura foi o patriarca de uma família de taquígrafos que se mantém até hoje na Assembléia Legislativa.

A atividade, responsável pela formação dos anais do Legislativo gaúcho, começou a ser praticada por Bolívar das galerias do Parlamento, em 1935. Ele transcrevia os discursos e os vendia para os próprios deputados ou jornais da época. Somente em 1947, depois da redemocratização do país, a Assembléia organizou o primeiro grupo de taquígrafos. Eram 12 profissionais ao todo, incluindo o filho de Bolívar, Hélio Ricardo Carneiro da Fontoura, que foi o primeiro funcionário contratado oficialmente pelo Legislativo. Hélio e o pai integraram a equipe incumbida da transcrição de todas as manifestações da Constituinte de 1947. Hélio lembra que o trabalho foi tão intenso que o seu pai, em determinada ocasião, perdeu os sentidos em meio a uma tradução de notas taquigráficas.

Bolívar também foi responsável por introduzir método taquigráfico mais ágil. Pela forma do Irmão Pedro, era possível escrever 60 palavras por minuto. Com os sinais criados por Bolívar, utilizados ainda hoje, os profissionais podem escrever até 144 palavras a cada 60 segundos. 'Ele conseguiu obter o melhor desempenho no acompanhamento dos discursos', afirmou Hélio, que, ao lado do pai, em 1961, escreveu o livro 'O Taquígrafo', destinado ao aperfeiçoamento dos profissionais. Em 1975, mantendo a tradição da família, Ricardo Carneiro da Fontoura, filho de Hélio, também começou a atuar na profissão. Durante dez anos, chefiou o setor na Assembléia. Ricardo garante que toda a história política do Legislativo está guardada graças à taquigrafia.


Marta quer aliança com PMDB
A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, defendeu sexta-feira a aproximação do PT com o PMDB em nível nacional. 'O PMDB é um partido forte no Brasil inteiro. Tem quadros muito bons e o PT quer ganhar a eleição presidencial', justificou. A única ressalva da prefeita é para que o PMDB não se oponha aos programas do seu partido. Mesmo sem aliança, ela acredita que o PT poderá vencer.

Apesar de defenderem a abertura de leques de coligações para o partido ser bem-sucedido nas próximas eleições, muitos petistas estão céticos quanto a acordo com o PMDB para o 1O turno. 'Temos de buscar alianças, mas sem comprometer as mudanças que queremos implantar. Após a prévia do PMDB, vamos intensificar as conversas com dirigentes oposicionistas como Roberto Requião, Paes de Andrade e Itamar Franco', disse o deputado federal José Genoíno.

De acordo com o líder do PT na Câmara dos Deputados, Walter Pinheiro, este ainda não é o momento para discutir a questão. Porém, o deputado entende que o partido está com mais fôlego depois do lançamento da pré-candidatura tucana do ministro da Saúde, José Serra, ao Palácio do Planalto. Pinheiro acredita que devem ocorrer mais fissuras entre o PSDB e o PFL. Conforme ele, o PT precisa buscar diálogo com os seus aliados históricos, como PSB, PPS, PC do B, PV e PDT. Pinheiro admitiu que há uma dissidência do PMDB que vem demonstrando afinidade com o PT na Câmara.


Bernd cobra aplicação dos códigos de ética
O deputado Mário Bernd, do PPS, disse que a fidelidade partidária deve obrigar os partidos a cumprirem programas, estatutos e código de ética. 'A responsabilidade não pode ficar só nas costas dos detentores de cargos', assinalou. Conforme Bernd, se o PMDB tivesse aplicado o código de ética contra os então senadores Jader Barbalho e Luiz Estêvão, ele e outros companheiros não deixariam o partido ano passado.


Congresso vai analisar a fidelidade partidária
A fidelidade partidária será um dos temas prioritários da reforma política que terão análise este ano no Congresso Nacional. Alguns projetos tramitam visando impor limites para a troca de partido. Um deles, de autoria do deputado Aldir Cabral, do PFL, estabelece a inelegibilidade ao detentor de mandato que mudar de partido no período para o qual foi escolhido. A punição apenas não será aplicada durante o mês de março do ano seguinte à eleição.


Emília considera lealdade diferente de atrelamento
A senadora Emília Fernandes, que trocou duas vezes de partido (do PTB para o PDT e agora está no PT), acha que fidelidade não pode ser confundida com atrelamento. Na sua opinião, o que existe hoje é lealdade a líderes e não a partidos. 'Defendo a fidelidade desde que haja estruturação partidária que obrigue o cumprimento de programas', disse. Para a senadora, os partidos estão cada vez mais descaracterizados.


Fortunati acha que regras fortalecem a democracia
Para o vereador José Fortunati, do PDT, a fixação de novas regras para a fidelidade partidária é necessária para o fortalecimento democrático. 'Defendi isso quando fui deputado federal', lembrou. Disse que só permaneceu como vereador após ter trocado o PT pelo PDT, no ano passado, porque a legislação atual permite. Caso a determinação fosse outra, garantiu, deixaria o cargo, mas não abriria mão de sair do PT.


Governador do RN prega apoio a Serra
O governador do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves, do PMDB, admitiu sexta-feira, ao acompanhar o ministro da Saúde, José Serra, na convenção municipal do PSDB de Mossoró, a articulação para repetir em nível nacional a aliança que os dois partidos mantêm no estado. Garibaldi se comprometeu a trabalhar para que o entendimento se reproduza na corrida presidencial. Antes adepto da candidatura do governador do Ceará, Tasso Jereissati, à Presidência, Garibaldi disse que estava todo encantado com 'a plumagem dos tucanos'.
'Como estamos aliados aqui é meio caminho andado', afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves, candidato à sucessão de Garibaldi com o apoio do PSDB. 'Temos carinho e respeito pela governadora Roseana Sarney, do PFL', ponderou.


Médico afirma que Roseana está bem
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, do PFL, permaneceu sexta-feira durante cerca de três horas na clínica do médico José Aristodemo Pinotti realizando, segundo ela, exames de rotina. Ele afirmou que não há impedimento clínico para que Roseana participe da campanha à Presidência da República. Conforme Pinotti, a governadora, que já sofreu várias cirurgias, está em excelente condição. Em seis meses, ela deverá repetir os exames. O médico esclareceu que a rotina ficou acertada depois das operações realizadas em 1998.

A pré-candidata não quis comentar o apoio manifestado pelo governador do Tocantins, Siqueira Campos, do PFL, ao ministro da Saúde, José Serra, do PSDB, para a Presidência. 'O partido é que decide sobre o assunto', declarou Roseana.


Onyx defende a reforma sem que haja rigorismo
O deputado Onyx Lorenzoni, que deixou o PL em 1997 pelo PFL, defende que é preciso estabelecer mecanismos para estimular a fidelidade partidária sem que isso represente rigorismo. Para Onyx, a melhor proposta é a do senador Jorge Bornhausen, liberando o primeiro ano de mandato para que o detentor de cargo escolha se permanece no partido que o elegeu ou faz a troca. A fidelidade, conforme Onyx, é fruto do amadurecimento democrático.


Setor arquiva informações de sessões e CPIs
Atualmente, a Diretoria de Taquigrafia da Assembléia Legislativa é integrada por 45 profissionais concursados, a maioria mulheres. Na reforma administrativa implantada no ano passado, o setor passou a fazer parte da Superintendência Legislativa e também enfrentou a experiência de escolher o diretor pelo voto direto. A jornalista Moema Bauer assumiu a função depois de vencer outros candidatos. Para ela, a reestruturação interna aproximou as atividades vinculadas, o que garantirá maior agilidade no desempenho das funções e melhor resultado final. Hoje, a taquigrafia é responsável pelo arquivamento de todas as sessões plenárias, ordinárias, extraordinárias e solenes. Também se encarrega de armazenar a memória das comissões parlamentares de inquérito, através das notas taquigráficas. Nas demais comissões, funciona o método de gravação das reuniões, para posterior transcrição nos anais.

Essa situação, conforme Moema, vai mudar, pois a mesa diretora da Assembléia já autorizou o preenchimento de mais 15 vagas para o setor, aproveitando a validade do concurso realizado há três anos e meio. Dessa forma, será possível transcrever, com mais rapidez, as reuniões das comissões através de apanhados taquigráficos. Um dos exemplos da agilidade da diretoria ficou demonstrado na quarta-feira, quando a Assembléia realizou sessão especial em homenagem aos 250 anos da colonização açoriana. A Diretoria de Taquigrafia transcreveu os discursos e elaborou suplemento especial entregue, no dia seguinte, aos cinco deputados do Arquipélago de Açores que participaram da cerimônia.

Moema também anunciou que a diretoria se prepara para lançar o CD que conterá o áudio dos discursos da Assembléia. A digitalização dos arquivos é mais um avanço no processo de armazenamento da história do Legislativo, que continuará mantendo a forma tradicional de publicação dos anais. Também integra o setor o serviço de sonografia, encarregado da sonorização dos eventos e da gravação de todas as atividades oficiais.


Taquigrafia não tem origem certa
Os historiadores divergem sobre a origem da taquigrafia. Há os que atribuem aos hebreus a invenção da forma de abreviar palavras. Outros entendem que a iniciativa foi dos gregos Pitágoras e Xenofonte. Alguns acreditam ainda que o prenúncio da futura arte taquigráfica surgiu com os fenícios, que há 3 mil anos antes de Cristo teriam criado alfabeto de 22 sinais.

Não há dúvidas quanto ao princípio da taquigrafia parlamentar. Marcus Julius Tíron, escravo liberto de Cícero, foi o primeiro taquígrafo parlamentar do mundo. Um dos apanhados feitos por ele data de 5 de dezembro de 63 antes de Cristo.


Artigos

Agita Caxias... RS... BR!
Victor Faccioni

Bicicleta parada não pára em pé, diz sabiamente provérbio popular. O mesmo acontece com nosso corpo. Sem exercício físico, ele enfraquece, definha e acaba morrendo. O avanço tecnológico parece conspirar contra o homem, pois, com a automação, a máquina faz tudo, até os nossos mais habituais exercícios, como ligar e desligar a TV e trocar de canais. Basta apertar um botão no controle remoto, sem precisar levantar do sofá. Para fazer frente a essa tendência ao imobilismo, valorizando a saúde, o reitor Ruy Pauletti, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), resolveu lançar a campanha 'Agita Caxias - Aposte em sua saúde, é só se mexer'. São apenas 30 minutos por dia que fazem a diferença, conforme o folheto (www.ucs.br), que tem dicas para exercícios.

Cada vez mais inserida e integrada na solução dos problemas da comunidade, a UCS lançou mais esse projeto de cunho social. Adaptado de um projeto do governo de São Paulo, o 'Agita Caxias' é um programa de atividade física e de orientação. A finalidade é reduzir o sedentarismo e outros fatores de risco, em busca de uma melhor qualidade de vida, manutenção e promoção da saúde, prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e outras, além de uma redução dos gastos individuais e coletivos que ocorrem em virtude de doenças. Todo lugar é bom para 'agitar': em casa, no quarto, na rua, na calçada, na frente da casa. E quanto mais, melhor, como caminhar com os filhos, andar com o cachorro, subir as escadas em vez de usar o elevador, ir a pé ao correio, ao supermercado, cuidar do jardim, caminhar no horário do almoço, etc.

A sugestão é de se fazer 30 minutos de atividades por dia, sem negligenciar coisas que habitualmente fazemos, mas de forma que se use um pouco de energia ou que movimente um pouco mais o corpo. Conforme o conselho dos médicos, a atividade física moderada e regular de 30 minutos, três ou quatro vezes por semana, proporciona melhoria admirável na qualidade de vida, com incontáveis benefícios biológicos e psicológicos. Louvável, pois, a iniciativa da Universidade de Caxias do Sul, ao incentivar para se ter um tipo de vida mais saudável, alegre e feliz. Vale a pena tentar. Afinal, arruma-se tempo para tudo o que interessa, e a saúde é ainda o dom mais precioso.


Colunistas
PANORAMA POLÍTICO – A. Burd

Todos conhecem os nomes
O escritor argentino Alberto Manguel, radicado no Canadá, publicou artigo no jornal Clarín, de Buenos Aires, em que busca as raízes da crise de seu país: 'Graças aos militares, na Argentina do novo milênio é impossível usar as palavras honesto, decente e verdadeiro sem um pouco de sarcasmo. Em tais circunstâncias, a tarefa do presidente De la Rúa foi frustrada. (...) Depois de Perón, os roubos continuaram e aumentaram. O dinheiro emprestado à Argentina pelo FMI (encarnação moderna do Pecado de Usura) foi desviado pelos rufiões de sempre: ministros, homens de negócios, senadores, banqueiros e membros do Congresso. Não há argentino que não conheça seus nomes'. A distância aguçou a lucidez do escritor diante da tragédia.

Sem autonomia
A principal causa da sangria nas finanças públicas da Argentina é a impunidade. Num país em que os integrantes do poder Judiciário são indicados pelo Executivo sem concurso público, só poderia dar nisso.

Pergunta
É possível imaginar a campanha eleitoral no Estado sem que os candidatos exponham saídas para problemas como dívida pública, previdência dos servidores, níveis de tributação e segurança pública?

Efeito parcial - O Código de Trânsito Brasileiro completará quatro anos nesta 2a-feira. Substituiu o de 1996 e, mesmo com punições mais rigorosas aos infratores, como cassação de carteiras e pesadas multas, o brasileiro continua matando nas ruas e estradas. Há muito a regulamentar. Exemplo: o código é omisso ao deixar de definir a obrigatoriedade de o motorista ter o nível de álcool no sangue investigado pelas autoridades.

Intervenção
Preocupados com o grau de irritação de Lula, setores do PT gaúcho vão desencadear esta semana a operação 'Não atrapalha, Suplicy'. Primeira investida será via telefone.

Zona da mata
Presidenciáveis definem tática para a conquista de votos em São Paulo. Na eleição de 1989, Fernando Collor garantiu 9,3 milhões de votos dos paulistas contra 6,7 milhões de Lula. Essa diferença foi decisiva.

Reconciliação
Espaço do PDT no jornal O Globo, que costumeiramente publica artigo de Leonel Brizola, é cedido neste domingo ao prefeito do Rio, C ésar Maia, do PTB. Foi pedetista, rompeu com o partido e volta às boas, homenageando: 'Craque, estrategista e estadista, Brizola é o mestre dos que, como eu, souberam - e continuam a saber - ouvi-lo'.

Dos leitores
- Mario Luiz Esteves, Paso de los Libres: 'A Argentina está abandonada à própria sorte. Mais do que a tragédia financeira, o que nos machuca é a humilhação. Nós, que já fomos uma classe média orgulhosa'.

- Lisiane Bertin, Pelotas: 'Aplaudo o projeto em tramitação no Congresso que acaba com a obrigatoriedade de todas as rádios transmitirem a Voz do Brasil às 19h. Elas devem ter liberdade para fixar o horário que quiserem, dando opções aos ouvintes de acompanhar ou não'.

- Verônica Korasti, Porto Alegre: 'Estranho que a direção nacional do PT não tenha posto em discussão a iniciativa da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, de dar cargos ao PMDB. Acabará atrapalhando Lula'.

- Dirceu Lemos, Santa Maria: 'Espero que a campanha eleitoral no Estado se baseie em idéias e não apenas na imagem dos candidatos'.

Apartes
Arrasta-se escolha da empresa que vai supervisionar duplicação da BR 101 entre Palhoça e Osório. Promessa do ministério é que comece em agosto.

José Serra: “Qualquer articulação política nacional passa pelo PMDB”. Valoriza e sabe o que diz.

Chico Anysio anuncia: concorrerá à Câmara dos Deputados pelo PPB.

Primeira aparição de Roseana Sarney em pesquisa à Presidência foi em dezembro de 1999, com 6%.

Convenções nacionais para oficializar candidaturas só entre 10 e 30 de junho. Até lá, muita água vai correr.

Tática dos azuizinhos no Centro é tolerância zero. Por um minuto aplicam multa sem dó nem piedade.

Diretoria reeleita da União das Associações dos Moradores de Porto Alegre toma posse nesta 2a-feira, às 21h.

Surge na Argentina figura do catador de sucata após cada panelaço.

Em estados com aliança PSDB-PFL, Serra dirá a Roseana: 'Este palanque é pequeno demais para dois'.


Editorial

PAZ E DIVERSIDADE CULTURAL
Já começou a contagem regressiva para a segunda edição do Fórum Social Mundial, que reunirá, de 31 de janeiro a 5 de fevereiro, mais de 60 mil participantes, segundo os organizadores. O tema central - a paz - foi escolhido devido à dramática situação internacional existente a partir do segundo semestre de 2001. O assunto será dimensionado em duas conferências, 'Um Mundo sem Guerras É Possível' e 'O Orçamento Participativo dos Gastos de Guerra'. Estarão presentes no evento, que desta vez fará com que Porto Alegre seja 'apresentada ao mundo', segundo o secretário de Estado da Cultura, Luiz Marques, entidades políticas e culturais, prêmios Nobel da Paz, pensadores, políticos, ONGs, músicos e cineastas.

A diversidade cultural que irá pontuar o evento, conforme os organizadores, terá entre as novidades a participação mais efetiva de artistas gaúchos na maioria das áreas e a inclusão dos espetáculos teatrais do Porto Alegre Verão. Para o secretário da Cultura, um dos temas mais importantes a serem debatidos dentro da programação será a proposição de que o tratamento dos bens culturais seja feito pela Unesco, no lugar da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Também na área cultural, serão discutidos os rumos do cinema, em especial para a América Latina. Considerado como um evento inédito, conforme a organização do evento, o Fórum Mundial do Audiovisual irá reunir, a partir do dia 27 deste mês, nomes importantes como os cineastas italianos Citto Maselli e Franco Giraldi, o argentino Fernando Solanas e o francês Robert Guédiguian. O encontro foi motivado a partir da necessidade de uma política mais agressiva de inserção internacional do cinema brasileiro. Também ocorrerá uma mostra do cinema de Genebra, que dá continuidade ao intercâmbio firmado entre Porto Alegre e aquela cidade suíça, iniciado em 2001.

Sob a bandeira das diferenças culturais, serão discutidos e apontados os caminhos alternativos para um mercado que está se tornando cada vez mais globalizado. A abertura oficial será particularmente significativa: ocorrerá um culto ecumênico que reunirá várias religiões.


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01/20/2002

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