Legista suspeita que crânio é de Ulysses



Legista suspeita que crânio é de Ulysses Pescadores do litoral norte de Santa Catarina encontraram há uma semana um crânio que ficou preso em uma rede de pesca. O legista do Instituto Médico Legal (IML) de Joinville, Nelson Quirino desconfia que o crânio seja do deputado federal Ulisses Guimarães, morto há nove anos. Em conversa com o dentista que tratava do parlamentar, o legista encontrou semelhanças entre o tratamento dentário na arcada e o relatado pelo profissional. Na segunda-feira, Quirino se reúne com o dentista do deputado. O crânio achado em Santa Catarina seria de um homem branco entre 50 e 85 anos de idade. O deputado Ulysses Guimarães morreu no dia 12 de outubro de 1992 quando ia de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, para São Paulo. No acidente morreram também a mulher de Ulisses, dona Mora, o ex-senador Severo Gomes e a mulher dele Maria Henriquieta e o piloto do helicóptero. Silvio Santos volta a sair sozinho de casa Dois policiais militares continuam de plantão em frente à residência do empresário . O empresário Sílvio Santos saiu de casa na manhã de ontem, novamente sozinho, guiando seu automóvel Lincoln branco, três dias depois que foi mantido como refém durante sete horas em sua rsidência. Dois policiais militares permanecem de plantão em um carro em frente à casa do apresentador, no bairro do Morumbi, Zona Sul de São Paulo. Na manhã de sexta-feira, Sílvio Santos saiu também sozinho guiando seu próprio automóvel, menos de 20 horas depois de ter sido liberado pelo seqüestrador Fernando Dutra Pinto. Apesar da demonstrada vulnerabilidade do esquema de segurança da família, depois que um mesmo seqüestrador conseguiu por duas vezes entrar na residência, o empresário continua mantendo sua rotina e se dirigindo até o SBT sem qualquer esquema de proteção. A Delegacia Anti-Seqüestro (Deas) está à procura um quinto seqüestrador de Patrícia Abravanel, filha do empresário. Identificado como Valdemir, ele teria participado do começo da ação dos seqüestradores, mas desistiu, segundo depoimento de um dos presos. Os delegados não querem dar maiores esclarecimentos para não atrapalhar as investigações. A polícia também continua à procura de Jeniffer, a suposta namorada do seqüestrador Fernando Dutra Pinto, mentor da ação. Morre médico que fez 1º transplante de coração Chistian Barnard se transformou em celebridade depois desta intervenção, em 1967, na Cidade do Cabo . O médico sul-africano Christiaan Barnard, aos 78 anos, primeiro cirurgião a realizar um transplante de coração no mundo, morreu neste domingo no balneário de Paphos, na ilha de Chipre, informaram fontes médicas. As causas da morte ainda são desconhecidas. A primeira operação de transplante de coração foi realizada dia 3 de dezembro de 1967 no hospital Groote Schuur da Cidade do Cabo. O dr. Barnard implantou nesse dia o coração de uma jovem de 25 anos morta num acidente de trânsito num doente de 53 anos, Louis Washkansky, que chegou a sobreviver 12 dias. Esta intervenção fez dele, em menos de 24 horas, uma celebridade. Mas, além de suas realizações profissionais, Barnard foi durante anos astro da imprensa popular uma vez que o cirurgião que possuía o físico de um artista de cinema era também um grande sedutor. Após a primeira tentativa, Barnard e sua equipe multiplicaram os transplantes, permitindo a pessoas cardíacas viver mais um pouco. Suas atividades médicas, encerradas em 1983, lhe valeram inúmeros títulos e prêmios. Filho de um pastor evangélico, Chris Barnard nasceu a 8 de novembro de 1922 em Beaufort West, uma pequena cidade do sudoeste da África do Sul. Começou a carreira médica no hospital de Groote Schuur, tendo completado a especialidade em cardiologia nos Estados Unidos, em 1958, na Universidade de Minesota, em Minneapolis. O dr. Barnard instalou-se na Áustria, depois de ter sofrido muito com a cobertura de seus divórcio pela mídia. Índia brasileira denuncia discriminação na Conferência A brasileira Irani Barbosa dos Santos, mostra visível da multiplicidade de culturas imperante na Conferência da ONU sobre o Racismo em Durban (África do Sul), denunciou a discriminação de que são vítimas os indígenas de seu país. Mulher e índia, Irani foi à conferência para "lutar" contra o racismo, para "denunciar a discrimnação" da qual ela e seus irmãos são vítimas no Brasil pelos grandes proprietários e os ricos exploradores da floresta tropical que reduzem o espaço de vida dos indígenas. Irani representa o combate contra os racismos denunciados pelos participantes na Conferência e no fórum das ONG's, que enfrentam questões ideológicas, culturais e históricas. Na conferência, a denúncia sobre o tráfico de negros, ocupa a parte principal dos debates junto com a questão da política israelense, mas não se menciona o tráfico realizado pelos países árabes durante séculos. Esta escravidão, que ainda perdura no Sudão, na Mauritânia e na Somália..Outro tema que não foi abordado é o dos confrontos étnicos na Àfrica, como mostra o recente episódio de xenofobia expressada pelo governo da Costa do Marfim ante os imigrantes de Burkina Fasso. Começa obra da usina de Corumbá IV Usina será responsável pelo abastecimento elétrico do DF por 90 anos e afasta o risco de apagão . O fantasma do racionamento de água e energia elétrica no Distrito Federal está ficando cada vez mais distante com o início, ontem, das obras da Usina da Hidrelétrica de Corumbá IV, situada em Luziânia (GO). Ela gerará 127 megawatts de potência, com um reservatório de 3,6 bilhões de metros cúbicos de água, que garantirão o abastecimento de água para o DF e o Entorno. O reservatório da usina terá 173 quilômetros quadrados – cinco vezes maior que o Lago Paranoá – e ocupará terras dos municípios de Luziânia, Santo Antônio do Descoberto, Alexânia, Abadiânia e Silvânia. O início da geração de energia está previsto para dezembro de 2003. Uma explosão no local onde será construída a barragem marcou o início da obra, na presença dos governadores Joaquim Roriz (DF) e Marcone Perillo (Goiás). Por sugestão de Perillo, acatada por Roriz, nome da usina será Juscelino Kubitschek. A potência gerada por Corumbá IV será suficiente para garantir o abastecimento elétrico de 1,5 milhão de habitantes de poder aquisitivo médio. De acordo com o diretor-presidente do consórcio de empresas responsáveis pela construção, a Corumbá Concessões S.A., Edmir Madeira Cardoso, a energia produzida pelo aproveitamento hidrelétrico de Corumbá IV será todo comprado pela Companhia Energética de Brasília (CEB). Ela vai suprir 30% da demanda de energia no DF. A usina também será responsável pelo abastecimento de água no DF nos próximos 90 anos. A represa terá a vazão de 122 metros cúbicos por segundo, o que é suficiente para fornecer água para uma população de 30 milhões de habitantes. Os mananciais usados para o abastecimento de água no DF têm a vazão de 11 metros cúbicos de água por segundo e o consumo atual é de 10,4 metros cúbicos de água por segundo. "A construção da usina é uma questão de segurança nacional, pois em três anos não teríamos mais água para abastecer o DF", afirma o governador Joaquim Roriz. Para a formação do lago da usina, serão desapropriadas cerca de 450 propriedades. O empreendimento é administrado pelo consórcio Corumbá Concessões S.A. (Serveng Civilsan, CEB e C&M). Parte dos recursos de R$ 220 milhões serão financiados pelo BNDES e pela Eletrobrás. Rios despoluídos A usina de Corumbá IV exigiu do governo local investimentos na área de saneamento básico. Com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, todo o DF será saneado e o esgoto que antes era despejado in natura nos ribeirões que deságuam no Rio Corumbá receberá tratamento terciário. O esgoto das cidades de Taguatinga, Ceilândia e Samambaia cai diretamente no Rio Melchior, que se encontra com o Rio Santo Antônio do Descoberto, que, por sua vez, deságua no Rio Corumbá. A situação não é diferente no Gama e em Santa Maria, onde o esgoto polui o rio Alagado. Os dois sistemas de tratamento de esgoto estão em fase final de licitação. O governador Joaquim Roriz afirma que sem o saneamento, as comportas da represa não poderiam ser ligadas, pois a água estaria contaminada. "O DF não vai mais exportar águas poluídas para Goiás", assegura. "Será o fim da poluição dos mananciais que abastecem o Entorno", reforça o representante goiano. A obra da usina de Corumbá IV garantirá a criação de 800 empregos diretos e 1,5 mil empregos indiretos. Perillo ressaltou a possibilidade da ida de novas empresas para o estado e para o DF, com o aumento do potencial hídrico e energético. O turismo sustentável será outra fonte de desenvolvimento para a região. "O turismo é um mercado promissor ao unir o potencial de lazer proporcionado pela represa e as belezas do cerrado", afirma Roriz. Os cinco municípios receberão royalties – compensação financeira pela utilização de recursos hídricos –, e aumentarão a arrecadação com os impostos relativos ao empreendimento. Dada a importância da obra, os dois governadores pediram aos representantes da Corumbá Concessões que a conclusão da obra, prevista para 34 meses, fosse antecipada em pelo menos três meses. "O Brasil e Brasília vão agradecer por essa tentativa", assegurou Perillo. Artigos Motivos para comemorar José Luiz Oliveira Tudo indica que, finalmente, os milhares de moradores dos condomínios situados em áreas rurais poderão dormir em paz. O Governo do Distrito Federal dá sinais concretos de que quer mesmo regularizar esses parcelamentos: foi à Justiça, brigou com grileiros, desmascarou bandidos que falsificaram documentos para ficar com terra pública e exigiu dos condôminos projetos condizentes com a qualidade de vida que Brasília sempre ostentou. Aqueles condomínios que cumpriram todas as etapas já estão recebendo a autorização para que os proprietários ocupem o terreno. É o projeto de Regularização e Titulação de Condomínios, iniciado no Villages Alvorada. Quinta-feira, o governador Roriz e o secretário de Assuntos Fundiários, Odilon Aires, entregaram os cinco primeiros certificados a moradores do local. A regularização não é uma tarefa fácil. O ex-governador Cristovam Buarque, eleito em 94 com o apoio de grande parte dos parceladores, prometeu que em 120 dias apresentaria resultados. Lutou muito, mas não saiu do lugar. Roriz, sem muito alarde e enfrentando uma oposição que tenta de todas as formas ligá-lo à grilagem de terra – até mesmo com manipulação de fitas, como se viu semana passada – já avançou bastante. O Villages Alvorada, por exemplo, está na última etapa. Agora, é esperar pelas escrituras. Outros condomínios na região estão cumprindo as derradeiras exigências em busca do registro e da escritura. Há, portanto, razões para acreditar que até o final de 2002 a maioria desses parcelamentos, senão todos, estarão legalizados. Evidentemente, há barreiras a superar. A forma de venda desses terrenos, localizados em área pública, é uma delas. O procurador-geral do Ministério Público do DF, Eduardo Albuquerque, defende, com muita propriedade, a venda direta. Ou seja, a Terracap negociaria diretamente com o ocupante do terreno, que estará pagando pela segunda vez (já pagou ao grileiro). O que dá força à tese do procurador-geral é o fato de que há edificações nos lotes e isso constitui, no mínimo, uma grande injustiça com o ocupante em caso de licitação. Mas há quem discorde. É o caso do promotor de Justiça Libânio Alves Rodrigues, da Promotoria de Defesa da Ordem Urbanística. Ele argumenta que todos os bens públicos têm de ser vendidos em licitação. E se há lei que não respeita a licitação, ela deve ser questionada. Espera-se que as partes envolvidas – o Executivo, o Legislativo e o Ministério Público – encontrem uma fórmula justa, que não prejudique ainda mais os moradores, ludibriados por aproveitadores e falsários. É preciso lembrar que quem comprou lote nesses condomínios o fez de boa-fé, agarrando com muita luta e sacrifício a chance de fugir do aluguel que muitas vezes consumia quase toda a renda da família. Como parece haver uma disposição geral de apoio à regularização – mesmo porque a respeitável arrecadação de impostos vai beneficiar todo o DF – há motivos para comemorar. Se fosse tão simples... Milton Flávio A prefeita Marta Suplicy, num ato supostamente falho, deixou o escapar um segredo de Polichinelo – o de que pretende aumentar, no próximo ano, a arrecadação do IPTU, a segunda principal fonte de receita do município. Para tanto, vai rever os valores venais dos imóveis e recriar as alíquotas progressivas. A expectativa é a de que um número maior de residências, as de menor valor venal, fiquem livres do pagamento do imposto. Para compensar a perda e ampliar a receita, será necessário, portanto, tachar mais os imóveis de maior valor. A tese das alíquotas progressivas, em princípio, é generosa. Visa cobrar mais de quem tem maior capacidade contributiva, isentando do pagamento do imposto os mais pobres. O problema é que os muito ricos, como sempre ocorre, não encontrarão maiores dificuldades para absorver a facada. O mesmo não se pode dizer da classe média – há tempos às voltas com o desemprego e arrocho salarial – e dos pequenos e médios comerciantes. Compreende-se o desejo da prefeita de elevar a receita. Afinal, é natural que o governante queira fazer obras, investir em projetos sociais, fazer, enfim, uma boa gestão. Mas elevar receitas aumentando impostos é o caminho mais fácil. É a primeira idéia que ocorre a um estudante de contabilidade. O difícil é elevá-la, como fez o ex-governador Mário Covas, sem aumentar alíquotas e criar novos tributos, a partir de uma fiscalização mais rigorosa, do corte de gastos, da redução dos valores de contratos já firmados, do enxugamento da máquina etc. E aqui chegamos num ponto importante. Se é natural – e é – que o chefe do Executivo pretenda elevar a receita para cumprir seus compromissos de campanha, nos parece no mínimo absurdo fato recentemente denunciado pela imprensa, segundo o qual a atual administração municipal investiu, de janeiro até agosto, apenas R$ 2,6 milhões nos seus programas sociais, quando dispõe de R$ 67 milhões para tanto. Mais absurdo ainda é o fato de a Prefeitura gastar R$ 2,4 milhões em publicidade para divulgar os mesmos ditos programas sociais. Se ela não tivesse gasto em propaganda, teria, na pior das hipóteses, atendido o dobro de pessoas. Diante disso, algumas reflexões se impõe. Ninguém ignora a difícil situação financeira em que se encontra a Prefeitura. Assim como não se desconhece que os R$ 67 milhões consignados no orçamento são insuficientes para fazer com que os tais projetos sociais atendam um número expressivo de pessoas. Agora, o que leva a administração gastar tão menos do que poderia? Falta de experiência administrativa, incompetência gerencial? Se não usa os recursos de que dispõe, por que aumentar as receitas? Para mudar a sede da Prefeitura para o prédio do Banespa – de propriedade do Banco Santander – na Praça do Patriarca é que não deve ser. A não ser que a transferência, a exemplo do desejo de aumentar o IPTU, seja outro segredo de Polichinelo. O fato é que o exercício do poder tem um lado didático. Quem o exerce e tem a humildade de aprender – o que, honestamente, não sei se é o caso da atual prefeita – acaba percebendo o óbvio: que fazer é mais difícil, muito mais difícil, que criticar. Isso faz com que as pessoas amadureçam, abandonem a postura de donas da verdade e façam uma oposição mais séria e conseqüente. O problema é que nem todos têm essa humildade. Por isso, não aprendem nunca. Milton Flávio é deputado estadual pelo PSDB e presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Assembléia Legislativa de São Paulo Colunistas Claudio Humberto Transparência, já O Tribunal de Contas da União aprovou com ressalvas os procedimentos da Agência Nacional de Petróleo para conceder áreas para exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural. Mas o ministro Ubiratan Aguiar, do TCU, exige que a ANP adote maior transparência, em licitações (sic) promovidas pelo ex-primeiro-genro David Zylbersztajn. O escolhido Para quem duvida se a pré-candidatura a governador do secretário da Fazenda do Rio, Fernando Lopes, é invenção de Anthony Garotinho, um importante auxiliar, que trabalha a dez metros do chefe, no Palácio da Guanabara, é quem articula o staff para tentar inflar o balão-de-ensaio. Mas só se Garotinho viabilizar seu declinante projeto presidencial, claro. Lobby de armas Enquanto a criminalidade avança, continua empacado no Congresso o projeto que proíbe a venda de armas no País. O lobby da indústria paralisou a tramitação. Em conversa com o presidente do Senado, Edison Lobão, FhC pediu para que o projeto seja votado de uma vez. Pensando bem... ...foi "Tudo por dinheiro". Não pagou, cortou É grave a crise na Companhia Nacional de Abastecimento, do Ministério da Agricultura, cuja diretoria foi demitida após a maracutaia na compra de cestas básicas para o Nordeste. Inadimplente com os serviços públicos, seus 30 principais executivos estão com os celulares cortados. Flanelinhas marajás Os mais bem pagos flanelinhas do País estão em Brasília. Com mais de 10 mil servidores e estacionamento insuficiente, a Câmara dos Deputados "privatizou" as vagas próximas ao prédio, garantidas pelos seus próprios seguranças, com salários médios de R$ 3.500,00. MEC complacente As novas regras para o Ensino Superior são no mínimo complacentes. Uma universidade pode ter 50% dos cursos avaliados com conceitos D ou E, no Provão, e metade classificada com CI (Conceito Insuficiente), na Avaliação das Condições de Oferta. Ainda assim será considerada "excelente". E com direito a recredenciamento imediato, por cinco anos. Carro cor-de-rosa A novidade ainda não chegou aqui, mas GM, Volkswagen e Volvo descobriram o mercado gay nos EUA. Patrocinam eventos e anunciam carros com expressões lembrando o famoso "sair do armário". Para o Grupo Gay da Bahia, aqui seria um deus-nos-acuda. Há 17 milhões de homossexuais no Brasil, "mas quantos assumem?", pergunta. Pois. Grilagem impune A CPI que investiga a ocupação de terras públicas na Amazônia desconfia que desembargadores do Tribunal de Justiça do Pará fazem corpo mole para recuperar as terras roubadas. Até agora, a Corregedoria de Justiça resiste ao pedido para cassar o registro de latifúndios obtidos com documentos adulterados, ligados a importantes empresários. No mercoágua... O uso sustentável do Aqüífero Guarani poderá começar ano que vem, garante o coordenador do projeto, Luiz Amore, da secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente. A maior reserva subterrânea de água doce da América do Sul é do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O projeto custará cerca de US$ 25,5 milhões. O Brasil tem a maior área. ...pintou sujeira A má notícia é que, além dessa água toda acabar um dia, vários municípios de MS podem contaminar o Aqüífero. Pesquisa da geógrafa Simone Borba mapeia as áreas de recarga, onde a água da chuva penetra no subsolo, sem a camada protetora de basalto. Ou seja, o precioso líquido terá também agrotóxicos e outros poluentes. Direita, volver O Grupo Tortura Mais pede o repúdio geral contra a devolução dos documentos do Serviço de Inteligência do Exército, apreendidos em Marabá (PA) pelos procuradores Guilherme Schelb, Marlon Vaz, Ubiratan Cazzeta e Felício Pontes. O grupo pede e-mails de protesto para [email protected], [email protected] e [email protected]. Vale blitz Materiais importados, como um catéter de angioplastia, custam caro e sua reesterilização é ilegal. O governo poderia controlar melhor o material cirúgico que entra no Brasil e os adquiridos pelos hospitais, a preço muito abaixo do mercado. Em geral sem qualquer especificação, com embalagens totalmente em branco. Número de série, então, é luxo. SOS SUS A empresa estourada em São Paulo, reutilizando produtos descartáveis, pode ser apenas a ponta de um iceberg na comercialização ilegal de catéteres de angioplastia e materiais cirúrgicos. Profissional experiente na área alerta ser impossível reesterilizar material encontrado no lixo, como alegou o dono da "firma", pois quebram, arranham etc. PODER SEM PUDOR Declarações de amor Jânio Quadros tentava convencer o prefeito de Sorocaba (SP), Theodoro Mendes, a deixar o PMDB, acenando com sua eleição para deputado. – Theodoro, querido, quero vê-lo comigo no PTB! – Presidente, nutro pelo sr. o maior respeito, admiração, total estima... Jânio interrompeu a ladainha: – Theodoro, declarações de amor não as quero eu, porque estas Eloá já as faz, e muito mais interessantes... Editorial Correndo atrás O seqüestro da filha do empresário e apresentador Silvio Santos, e os fatos que se sucederam a ele, na semana passada, levantaram mais uma vez a questão da segurança pública nas grandes cidades brasileiras e em suas periferias. O tema sempre volta à tona quando ocorre alguma tragédia ou fato de grande repercussão relacionado à segurança pública. Desta vez, infelizmente, não deverá ser diferente. Mais alguns dias e o governo, a oposição, juristas, policiais, professores, etc., esquecerão o assunto e tudo voltará ao normal. Até que um outro Fernando Dutra Pinto pratique um seqüestro ousado ou pratique algum crime que sacuda a opinião pública. Não se sabe bem o porquê, mas a segurança pública é considerada tema menor pelas elites do País. No Congresso, por exemplo, onde há dezenas de projetos que tratam do tema, os partidos jamais convocaram seus melhores deputados e senadores para cuidar do problema. Seja proibição da venda de armas, seja unificação de polícias, seja salário dos policiais, o assunto é geralmente delegado ao segundo time e acaba liqüidado em alguma comissão, sob a pressão dos mais variados e atuantes lobbies. O caso da proibição da venda de armas é eloqüente. Apesar de ser um projeto que ganhou o apoio do governo e dos principais governadores, ele não consegue avançar no Congresso. Outro caso exemplar é o do tráfico de drogas. Fez-se uma CPI, prendeu-se alguns traficantes importantes, mas o o problema só foi atacado de frente mesmo no Acre, onde um deputado federal e seus comparsas foram parar na cadeia. A CPI deixou pistas de que teria chegado a gente muito grande envolvida no tráfico de drogas e armas, mas nenhuma providência efetiva foi tomada. Na cadeia estão apenas traficantes com Fernando Beira-Mar, que não é certamente o líder máximo dessa atividade tão envolvente, lucrativa e corruptora. O Plano Nacional de Segurança, anunciado com estardalhaço, está sendo tocado aqui e ali, mas não chegou às grandes cidades como deveria. Nelas, ainda é a grande a dificuldade para se saber quem é quem dentro dos organismos policiais e quem são aqueles que efetivamente estão ao lado da lei e da população. O seqüestro em São Paulo é mais um aviso, que certamente será desconsiderado. Como se tratava de Silvio Santos, ganhou manchetes e declarações de autoridades. A segurança pública, no entanto, precisa ser levada a sério, seja pelo governo, seja pela oposição, que por sinal não tem sequer um mínimo plano ou proposta sobre o assunto, a não ser que é a favor das greves de policiais. É muito fácil acreditar que a violência é fruto apenas da desigualdade social e da péssima distribuição de renda. O problema é muito mais complexo e exige um trabalho amplo, que envolva todos os setores da sociedade, para que seja devidamente equacionado. Topo da página

09/03/2001


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