Levantamento aponta para estabilização das internações nos casos do diabetes



Avanço se deve à ampliação do acesso a medicamentos gratuitos e a melhoria e expansão dos cuidados da Atenção Básica

 

No Dia Mundial do Diabetes, celebrado nesta quarta-feira (14), o Ministério da Saúde divulga levantamento que aponta para estabilização das internações decorrentes da doença. Foram registradas, em média, 72 mil hospitalizações nos primeiros semestres dos últimos anos (2010 a 2012). Avanço se deve à ampliação do acesso a medicamentos gratuitos e a melhoria e expansão dos cuidados da Atenção Básica. As ações foram apresentadas nesta terça-feira (13), em Brasília.

Em fevereiro de 2011, o Ministério da Saúde passou a oferecer medicamentos gratuitos para o tratamento do diabetes por meio da ação Saúde Não Tem Preço. Desde o início da gratuidade, 4,1 milhões de pessoas foram favorecidas. O número de atendimentos saltou de 306 mil em janeiro de 2011 para 1,4 milhão em outubro de 2012, o que representa aumento de 370% dos beneficiados. “Com ampliação do acesso ao medicamento gratuito temos impacto direto no número de internações por diabetes”, afirmou Alexandre Padilha.

O levantamento também revela uma estatística preocupante: a doença mata quatro vezes mais do que a Aids e supera o número de vítimas do trânsito. Em 2010, 54 mil brasileiros morreram em decorrência do diabetes, enquanto 12 mil óbitos foram ocasionados pelo vírus HIV e 42 mil mortes foram registradas por acidentes de trânsito em todo País. 

Esse número seria ainda maior, se considerado que o diabetes age como fator de risco para várias outras doenças - como câncer e doenças cardiovasculares, por exemplo. O diabetes esteve, em 2010, associado a outras 68,5 mil mortes – o que totaliza 123 mil pessoas mortas direta ou indiretamente.

Em 2011, o governo federal lançou o Plano de Ações para Enfrentamento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que inclui medidas para redução de casos e de mortes provocadas pelo diabetes. O plano prevê a queda de 2% ao ano das mortes prematuras por doenças crônicas a partir da melhoria de indicadores relacionados ao álcool, alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade, fatores de risco para o diabetes.