Lixo eletrônico cresce e preocupa



O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) apresentou em fevereiro um estudo preocupante sobre o lixo eletrônico, composto por equipamentos que não poderiam, por razões ambientais e de saúde pública, ser despejados da mesma maneira que o lixo comum. De acordo com o relatório, o mundo vem produzindo a cada ano 40 milhões de toneladas lixo eletrônico a mais que no ano anterior. O peso desse crescimento vertiginoso equivale a cerca de 70% de todo o lixo que o Brasil gera num ano.

Mais de um bilhão de celulares foram vendidos no planeta em 2007, 896 milhões a mais que em 2006. E a tendência é crescimento, nos próximos dez anos, de vendas de produtos eletrônicos na China, na Índia, na África e na América Latina.

Investir em reciclagem de produtos eletrônicos, de acordo com o Pnuma, significa evitar que resíduos perigosos contaminem o meio ambiente e recuperar, entre outros materiais, metais valiosos como prata, ouro, paládio e cobre.

O estudo avalia políticas relacionadas ao descarte e a reciclagem de materiais de produtos eletrônicos em 11 países em desenvolvimento, inclusive o Brasil. Conclui que faltam informações oficiais sobre o problema no país e que não há legislação federal que trate do manejo do lixo eletrônico. Além disso, conclui o relatório, a ideia taxar os produtos eletrônicos para financiar a reciclagem deles é impopular no país, uma vez que a carga tributária do setor já é elevada.

- O relatório aponta que a maioria dos eletrodomésticos e aparelhos comuns em casas em empresas contém dezenas de peças perigosas. Esse documento ressalta a urgência de estabelecer um processo ambicioso e regulador de coleta e gestão adequada do lixo eletrônico - diz a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO).

Rafael Faria / Jornal do Senado



23/04/2010

Agência Senado


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