Lobão desmente alinhamento automático com Estados Unidos



O presidente interino do Senado, Edison Lobão (PFL-MA), disse nesta quarta-feira (dia 12) que a participação em política antiterrorista não implica alinhamento automático do país aos Estados Unidos:

- Estamos diante de uma situação de terrorismo internacional e combater o terrorismo é interesse geral, mas é claro que cada país cuidará de manter sua soberania e interesses legítimos, nenhum país submetido ao outro - enfatizou.

Lobão fez estas declarações depois de receber a visita do ministro da Defesa, Geraldo Quintão, que considerou "psicose" a preocupação com a possibilidade de o Brasil tornar-se alvo dos terroristas se os Estados Unidos passarem a utilizar a base de Alcântara (MA) para lançamento de foguetes:

- Isso é terrorismo. Não só os Estados Unidos, vários países vão utilizar Alcântara. Isso não condiz com a verdade, isso é psicose e não há necessidade de levar para esse lado. Se amanhã Alcântara for utilizada, será pelos americanos, pelos ucranianos, pelos russos - explicou.

O texto do tratado com os Estados Unidos sobre Alcântara ainda está em tramitação no Congresso Nacional. Para Quintão, os ataques a Nova York e Washington mudaram a forma de se encarar o terrorismo:

- Não podemos menosprezar essa ameaça, sobretudo pelo elemento surpresa que ela contém, ainda mais agora, pelo conteúdo do suicídio. É uma ameaça que não se sabe de onde vem, não se conhece o inimigo, é um inimigo sem rosto - afirmou.

12/09/2001

Agência Senado


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