Lúdio Coelho elogia contribuição da família brasileira ao racionamento de energia



O senador Lúdio Coelho (PSDB-MS) elogiou nesta segunda-feira (dia 11), com orgulho e satisfação, o esforço da família brasileira de controlar os gastos com energia a pedido do governo federal. Definindo a atitude do povo como patriótica, Lúdio disse que os brasileiros entenderam que não se trata de um problema do governo Fernando Henrique Cardoso e sim da própria família brasileira. "Tivemos equívocos de governos passados e, acima de tudo, um problema climático acima de nossas forças", disse. Para o senador, a família brasileira precisa entender que, se não economizar água e energia, a luz vai se apagar.

Na opinião de Lúdio Coelho, que retornou ao Senado após licença médica, há discursos pessimistas, dizendo que o país ficará sem água, sem estradas, sem luz. "O Brasil terá água, estrada, energia elétrica e segurança do tamanho de sua receita", afirmou. Além disso, o senador disse não ter visto proposta consistente de redefinição do uso de recursos para refinanciamento da dívida pública. Além disso, Lúdio disse esperar que o Congresso Nacional vote o mais rápido possível a reforma política, uma vez que a atual estrutura partidária, na sua opinião, dificulta a realização de acordos e não é compatível com uma gestão democrática. "Muitos partidos e muita negociação implicam em prejuízo à causa pública", afirmou.

Em aparte, o senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS) disse que a solidariedade, demonstrada pela população ao colaborar com o racionamento, é uma riqueza nacional. Já o senador Ademir Andrade (PSB-PA) afirmou ser otimista com o país, mas avaliou que o governo está exigindo muitos sacrifícios do povo para cumprir acordos de pagamento da dívida externa. De acordo com Ademir, o superávit conseguido recentemente pelo Brasil seria suficiente para duplicar a capacidade de geração elétrica do país. Segundo Ademir, em seis anos a dívida pública aumentou 11 vezes. Como proposta para gerenciar a situação, ele sugeriu que os juros sejam baixados de 17,75% ao ano para 4%.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou que o governo cometeu equívoco ao privatizar as distribuidoras de energia existentes sem exigir que as empresas compradoras gerassem mais energia e, ao mesmo tempo, proibiu as empresas estatais de investirem no setor. "O governo deveria ter aberto o mercado para o capital privado criar novas formas de geração", disse.

11/06/2001

Agência Senado


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