LÚDIO COELHO QUER SENADO COM MAIS INFLUÊNCIA NA POLÍTICA EXTERNA
O incremento de acordos internacionais decorrentes da nova realidade mundial impõe maior participação do Senado, afirmou hoje (dia 17) o senador Lúdio Coelho (PSDB-MS). Ele manifestou sua preocupação quanto à conveniência de acordos comerciais entre países com níveis de desenvolvimento econômico muito diferenciado, pelo aprofundamento dos desníveis sociais das nações mais pobres que podem resultar daqueles acordos.
- O Senado tem-se limitado à honrosa atribuição de aprovar acordos feitos pelo Executivo e nomes indicados como embaixadores, mas deveria ter maior participação na definição dos acordos - defendeu. A seu ver, os senadores são informados dos acordos apenas para homologá-los, diferentemente do que acontece nos Estados Unidos, por exemplo, em que a Comissão de Relações Exteriores do Senado tem influência direta nos rumos da política externa americana. Pela amplitude que estão tomando os acordos comerciais, Lúdio Coelho reiterou a necessidade de os países-membros dedicarem a eles um acompanhamento especial.
O senador, que integrou as comissões parlamentares do Mercosul que se reuniram em Washington neste mês, disse ter constatado como os políticos americanos são pouco informados sobre esse mercado comum. Nas discussões em torno do encaminhamento do acordo entre a Alca e o Mercosul, em relação ao qual Lúdio Coelho observou não ter segurança sobre sua conveniência e sugeriu estudos mais aprofundados, o senador obteve a concordância do presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado americano.
No âmbito do Mercosul, Lúdio Coelho salientou a preocupação dos países-membros com os desdobramentos do processo sucessório no Paraguai. Anteontem, conforme relatou, a comissão brasileira recebeu o presidente e parlamentares da Comissão do Mercosul de Assunção e decidiu solicitar ao presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, a designação de um grupo de parlamentares para atuar como observadores nas eleições paraguaias.
O acordo que instituiu o Mercosul, explicou o senador, determina a manutenção do regime democrático pelas nações signatárias. Hoje, em Santiago do Chile, 34 chefes de países americanos reúnem-se na Conferência das Américas, registrou.
17/04/1998
Agência Senado
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