LUZIA TOLEDO PREGA MAIS SOLIDARIEDADE PARA IDOSOS



A senadora Luzia Toledo (PSDB-ES) defendeu uma mudança de mentalidade em relação aos idosos, que resgate a solidariedade e leve ao cumprimento e ao respeito a leis como o Estatuto do Idoso. Ela disse que a crise econômica e social "têm gerado distorções alarmantes" e que, "em meio a esse vendaval, os idosos têm pago um alto preço porque encontram-se no lado mais frágil da cadeia social e os seus direitos não são respeitados".
Luzia Toledo informou, citando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que desde o início da década de 60 o Brasil vem apresentando um aumento na população de idosos. A senadora disse também que projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que, entre 1950 e 2025, a população de idosos no Brasil crescerá 16 vezes, enquanto que a população total aumentará apenas cinco vezes. "Se essas previsões se confirmarem, o Brasil será o sexto país do mundo em população idosa, com cerca de 32 milhões de habitantes com 60 anos ou mais", assinalou.
A senadora aponta como o maior problema a ser enfrentado o despreparo do país para assumir as responsabilidades dessa nova realidade. Para ela, o maior desafio é o rompimento da barreira cultural de uma sociedade que vê as pessoas idosas como um estorvo. Luzia Toledo lembrou que o Programa Nacional de Assistência ao Idoso, lançado há dois anos, mal saiu do papel e, logo após a crise do real, cortes governamentais da ordem de 45% atingiram programas nas áreas de saúde e assistência social que atendem a 1,9 milhão de idosos.
- A Previdência não vê com bons olhos o crescimento dos investimentos que tem de fazer a cada ano para atendê-los; os hospitais não estão equipados para recebê-los; a publicidade e a sociedade de consumo os ignoram; e muitas famílias os rejeitam e os internam em asilos precários, onde freqüentemente acontecem acidentes fatais. Em 1996, o genocídio da Clínica Santa Genoveva, no Rio de Janeiro, demonstrou muito bem o tamanho do descaso com os idosos em nosso país. Finalmente, no que se refere aos planos de saúde, a partir dos 55 anos de idade, os custos vão às alturas, ao mesmo tempo em que os benefícios são drasticamente reduzidos - disse a senadora.
Luzia Toledo defendeu a correção das distorções para melhorar o atendimento aos que têm direito e aos que mais necessitam da Previdência. Para ela, é preciso melhorar a fiscalização e os benefícios, acabar com as injustiças, criar exigências para que a arrecadação da economia informal seja realmente efetivada, e reduzir as atuais alíquotas de contribuição.

16/02/2000

Agência Senado


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