Maguito volta a comentar irregularidade em convênio do Banco do Povo
O senador Maguito Vilela (PMDB-GO) voltou a comentar em Plenário, nesta quarta-feira (17), denúncia publicada pelo jornal Folha de S. Paulo no último domingo, sobre convênio entre o governo de Goiás e a Rede Goiana de Microcrédito, sem licitação, para administração do programa Banco do Povo. Segundo informou, nova reportagem do jornal revela, hoje, que o Ministério Público de Goiás irá pedir ao Ministério da Justiça que reveja a concessão do título de Organização Social de Interesse Público (Oscip) à entidade, que deveria receber até R$ 13,7 milhões pelos serviços prestados ao governo de Goiás.
Se esse título for cancelado, Maguito disse que o convênio -estará irremediavelmente prejudicado-. O senador peemedebista apressou-se em esclarecer que, ao trazer o assunto ao Senado, não tinha a intenção de levantar qualquer calúnia ou difamação contra o governo de Goiás.
- Se estive mostrando ao Senado da República o resultado de um trabalho sério e competente da jornalista Andréa Michael, é porque este é realmente um assunto da maior gravidade - declarou.
Em aparte, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) se disse surpresa por ter de voltar a tratar em Plenário de uma questão que já considerava superada.
- Acredito que esse episódio deve ser encerrado, uma vez que há um órgão competente para assumir a investigação no estado - afirmou, adiantando que o governador Marconi Perillo já se colocou à disposição do Congresso para mostrar os benefícios proporcionados pelo Banco do Povo, que oferece linhas de crédito de R$ 300 a R$ 2.000, com juros de 1% ao mês.
Ao comentar o episódio, o senador Demostenes Torres (PFL-GO) assinalou que nenhuma acusação formal foi feita, já que o governo estadual não chegou a fazer qualquer repasse à Rede Goiana de Microcrédito.
- Não se pode fazer qualquer juízo antecipado de condenação, pois não há prova de irregularidade ou procedimento instalado - observou.
17/09/2003
Agência Senado
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