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Maioria das mulheres atinge menopausa com sobrepeso, afirma estudo

Estudo do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) indica que 68% das mulheres chegam na menopausa com sobrepeso ou obesidade. 

O estudo — um dos mais amplos já realizados no Brasil sobre o tema—mostra ainda que, desse total de mulheres, 67% têm problemas relacionados aos sistemas vasomotores – a contração e a dilatação dos vasos sanguíneos. A pesquisa constatou que no primeiro atendimento para tratar a menopausa, as mulheres apresentam geralmente hipertensão arterial (44,94%), diabetes (10,01%), e tabagismo (8,39%).

Um dos resultados da pesquisa revela que a média etária de ocorrência da menopausa no Brasil é de 48,1 anos. O levantamento foi feito com cerca de 6 mil mulheres, em uma investigação que durou 11 anos (entre 1983 e 2004) no Setor de Climatério do Hospital das Clínicas.

Sintomas variam conforme a idade

Outra constatação da pesquisa diz que, dependendo do período em que a menopausa ocorre, a mulher vive condições diferentes.

De maneira geral, aponta o levantamento, a idade da mulher na época em que ocorre a menopausa tem influência significativa sobre os sintomas e as doenças que normalmente aparecem no período: 27,8% das pacientes que tiveram a menopausa entre 41 e 45 anos de idade apresentaram sintomas vasomotores acentuados, contra 18,3% entre aquelas que entraram na menopausa com idade acima de 55 anos.

A professora do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do estudo, Angela Maggio da Fonseca, destaca, por ocasião do Dia Mundial da Menopausa, comemorado nesta segunda-feira (18), que o estudo é uma forma de os médicos conhecerem a fisiologia desse período da mulher. “E possibilita a escolha de um tratamento adequado, melhorando a qualidade de vida de todas elas”.

Segundo a professora, nesse período são necessários uma alimentação adequada e exercícios físicos, principalmente a caminhada. "E hoje nós temos os hormônios, tão criticados, mas que são excelentes. O que precisa é ter prudência e dar os hormônios a quem precisa, na dosagem certa, na quantidade e no tempo apropriado”, recomenda.

Fonte:
Agência Brasil

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