Mais de 20 mil pessoas assistem ao Cinema pela Verdade



Pelo segundo ano, o Cinema pela Verdade levou a temática da ditadura para as universidades de todo o Brasil. A mostra passou por 27 estados, 48 cidades e ultrapassou um público de 20 mil expectadores.

O Cinema pela Verdade, realizado pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM), foi contemplado por meio de convênio com verbas do projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, selecionado por meio de edital público, com o intuito de promover políticas de memória com foco no período da ditadura civil-militar no Brasil, entre 1946 a 1988.

“Além de contar a história brasileira, a mostra faz as pessoas perceberem que do mesmo modo que a ditadura foi estimulada pelo plano internacional, a resistência do povo também se deu de forma integrada. O nosso projeto é um instrumento privilegiado dessas novas formas de fazer política hoje”, afirmou Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

As exibições dos filmes aconteceram gratuitamente e foram abertas ao público, o que possibilitou uma integração entre o meio acadêmico e a comunidade em geral. Após as sessões foram promovidos debates com convidados: pesquisadores, ex-presos políticos, acadêmicos, pessoas ligadas a movimentos sociais, culturais e de direitos humanos, além de algumas participações especiais de diretores, roteiristas e produtores dos filmes exibidos.

Em 2013 foram selecionados quatro títulos para compor a Mostra, dois documentários nacionais e dois filmes de ficção internacionais:

1- Em “Eu me Lembro” (2012), de Luiz Fernando Lobo, acompanhamos por meio da ação das Caravanas da Anistia a história de pessoas que sofreram no período da ditadura, reconstruindo a luta dos perseguidos por reparação, memória, verdade e justiça.

2 - O filme “Infância Clandestina” (2011), do diretor argentino Benjamin Ávila, oferece uma visão da ditadura e seus impactos pelos olhos de uma criança.

3 - O segundo documentário nacional, “Marighella” (2011), de Isa Grinspum Ferraz, apresenta ao público uma visão humana do tio, Carlos Marighella, o maior inimigo da ditadura militar no Brasil.

4- “NO” (2012), a ficção chilena de Pablo Larraín, faz um recorte da ditadura no Chile abordando a campanha contra a manutenção do ditador Pinochet. Com essa seleção de filmes, o projeto ampliou a discussão do período da ditadura civil-militar para além das fronteiras do país, contemplando a relação com as ditaduras contemporâneas do Cone Sul.

Fonte:
Ministério da Justiça 



02/01/2014 18:27


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