Mais de um bilhão de pessoas sofrem com escassez ou contaminação da água, lamenta Azeredo



Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (22), Dia Mundial da Água, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) lamentou o que chamou de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS): mais de um bilhão de seres humanos sofrem com a falta ou a contaminação da água ao redor do mundo. E pior, ressaltou o senador, o número poderá dobrar até 2025 em virtude do aquecimento global.

- Estamos falando do futuro do planeta. Não se trata apenas de alarde, mas de realidade. Sem preservação, os anos que virão poderão ser de grande sofrimento - disse.

Da tribuna, Azeredo citou pesquisas do Grupo Intergovernamental sobre Evolução do Clima (Giec), ligado à Organização Meteorológica Mundial (OMN), que apontam aumento de até 4 graus Celsius na temperatura média da Terra até 2100. Com isso, acrescentou o senador, as secas serão 65% mais freqüentes, o que poderá, inclusive, prejudicar os programas mundiais de combate à pobreza.

Segundo o Giec, informou o senador, uma em cada quatro pessoas do planeta não tem acesso à água potável, e 40% da população mundial vive sem saneamento básico. E de acordo com a OMS, lembrou Azeredo, os problemas relacionados à falta ou contaminação da água matam mais de 1,6 milhão de pessoas anualmente, 90% delas crianças de países pobres. A água contaminada pode causar cólera, malária, febre tifóide, dengue e hemorragias, enumerou Azeredo.

- Neste momento deve ser redobrada nossa atenção ao que acontece no Brasil. Temos as maiores reservas hídricas do mundo - aconselhou.

De acordo com o senador, o Brasil possui 14% de toda a água doce do mundo, 80% dela concentrada nas bacias amazônica e do Araguaia/Tocantins. Mas na opinião de Azeredo, o Brasil tem o que comemorar: a ONU considera exemplar o modelo brasileiro de gestão da água. De acordo com o senador, de 1990 a 2004 o país aumentou de 83% para 90% a proporção de habitantes com acesso à água potável.

O senador também aproveitou para reclamar mais uma vez do descaso do governo federal quanto às rodovias federais do estado de Minas Gerais. Para Azeredo, o governo precisa dar mais atenção à recuperação das estradas mineiras.



22/03/2007

Agência Senado


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