Mais Médicos vai agilizar atendimento onde faltam profissionais



Agilizar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é a meta do Programa Mais Médicos, que consiste em um amplo pacto de investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, acompanhado do aumento do número de médicos nas regiões onde há escassez e ausência de profissionais. A iniciativa prevê também a expansão do número de vagas de medicina e de residência médica, além do aprimoramento da formação desses profissionais no Brasil.

Com o programa, o Ministério da Saúde convoca médicos para atuar na atenção básica de cidades com maior vulnerabilidade social e os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros. No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros, com a intenção de resolver esse problema, que é emergencial.

No início de agosto, o ministério divulgou a lista de 938 profissionais brasileiros que confirmaram a participação no primeiro mês de seleção do programa. Desses, pouco mais da metade (51,8%) vai atuar nas periferias de capitais e regiões metropolitanas. Os demais, em municípios do interior.

No total, 404 cidades serão atendidas por esta primeira chamada, sendo que 213 estão em áreas com 20% ou mais de sua população em situação de extrema pobreza, 111 em regiões metropolitanas, 56 estão em um grupo de 100 cidades com mais de 80 mil habitantes de maior vulnerabilidade social e 24 são capitais. Foram atendidos ainda 16 distritos sanitários indígenas.

Apenas 11,4% dos 3.511 municípios que aderiram à iniciativa vão receber profissionais nesta etapa. Ainda há uma sobra de 14.553 vagas. Parte delas poderá ser preenchida, primeiramente, por brasileiros graduados no exterior. Em seguida, por médicos de outras nacionalidades. Durante a primeira etapa de inscrições, 1.920 candidatos estrangeiros, com registro profissional de 61 países diferentes, manifestaram interesse. Eles só serão aceitos depois de participar do primeiro módulo de especialização em Atenção Básica.

“Pela primeira vez, o País está planejando o número de médicos e especialistas que se formam e a distribuição deles. Estamos colocando a saúde dos mais de 200 milhões de brasileiros como principal interesse do SUS, principalmente daqueles que não têm acesso a médicos”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Estrangeiros

Os médicos com formação fora do Brasil que participaram da primeira seleção do programa Mais Médicos começaram a participar na segunda-feira (26) do módulo de acolhimento e avaliação. São aulas que acontecem durante três semanas em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza.

Os 682 profissionais formados no exterior serão avaliados por professores de instituições públicas. Os que forem considerados aptos a participar do programa receberão um registro profissional provisório e começam a trabalhar nos municípios no dia 16 de setembro.

Com carga horária de 120 horas, a avaliação vai abordar aspectos do SUS, doenças prevalentes no Brasil, conhecimentos linguísticos e de comunicação, aspectos éticos e legais da prática médica.

Os profissionais também farão visitas técnicas aos serviços de saúde e vão participar de simulações de consultas de casos complexos com enfoque especial na atenção básica. Os médicos que atuarão em áreas indígenas terão acesso a conteúdos específicos sobre saúde desses locais.

Entenda como é a distribuição de profissionais pelo País

Fontes:
Programa Mais Médicos
Ministério da Saúde
Ministério da Educação



18/09/2013 09:49


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