MALDANER RECOMENDA BOM SENSO AOS PRESIDENTES DO BRASIL E DA ARGENTINA



O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) afirmou hoje (dia 21) esperar que os presidentes do Brasil e da Argentina, ao se reunirem em Assunção, no Paraguai, no próximo sábado (dia 23), encontrem no bom senso e no diálogo as formas que contornem os impasses entre as duas nações, "evitando que uma crise se alastre pelo continente, fazendo retornar um período de dúvidas e de desconfiança entre os dois países".

Maldaner entende que "o pomposo título de aliado principal não-membro da Otan", concedido pelos Estados Unidos à Argentina, na semana passada,"veio criar animosidade entre os países membros do Mercosul, pois a Argentina sentiu-se, a partir deste momento, autorizada a reivindicar a vaga no Conselho de Segurança da ONU".

Essa atitude da Argentina, disse Casildo Maldaner, "rompe um acordo diplomático daquele país com o Brasil, segundo o qual,nenhum dos dois países faria campanha aberta pela vaga até que se aproximasse a hora de definições sobre as mudanças no Conselho".

- É fundamental nesse momento, que alguns parceiros do Mercosul não se deixem levar pelo canto da sereia do Tio San. Esperamos que seus membros saibam contornar essa e quaisquer outras divergências, não permitindo que os avanços de uma década sejam perdidos - afirmou.

O senador lembrou que há exatamente 10 anos nascia o Mercosul, "um acordo integracionista que buscava reunir as nações do Prata em torno de um projeto capaz de dirimir dúvidas e pôr fim às rivalidades históricas dos períodos mais conturbados da política latino-americana".

Casildo Maldaner destacou que, decorrido esse período, o Mercosul situou-se como o bloco econômico mais emergente do mundo atraindo, por isso, as atenções da União Européia, dos países asiáticos, da CEI, que reúne ex-repúblicas soviéticas, e, no plano latino, do Pacto Andino e do Caricom.

Por isso mesmo, na opinião de Maldaner, os norte-americanos dispensaram ao Mercosul as maiores atenções tentando, por meio do NAFTA, "estabelecer protocolos de cooperação e abocanhar o mercado do Cone Sul, que representa hoje um PIB de US$ 1 trilhão".



21/08/1997

Agência Senado


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