Mão Santa destaca iniciativas do Senado na defesa dos direitos das pessoas com deficiência



"O papel do Senado da República na defesa dos direitos das pessoas com deficiência não se limita à realização da Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência, mas se estende à produção legislativa e ao dia a dia da Casa". A observação foi feita pelo senador Mão Santa (PSC-PI), que, em nome do presidente José Sarney, abriu a sessão de homenagem pelo bicentenário de nascimento de Louis Braille, inventor do sistema de leitura para cegos que leva o seu nome.

Segundo Mão Santa, o Senado é exemplo de acessibilidade para todas as instituições públicas do Brasil. Além de dotar todas as suas dependências às condições necessárias de acessibilidade, bem como o seu site na Internet, a Casa promove cursos de Libras (Língua Brasileira dos Sinais) para servidores, oferece triciclos motorizados aos portadores de deficiência que visitam o Senado e implantou uma audioteca para deficientes auditivos, e uma sala de acessibilidade, na Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho.

- Quero destacar o pioneirismo da Secretaria Especial de Editoração e Publicação do Senado Federal. Por intermédio do Projeto Braile, a SEEP publica, no sistema de leitura e escrita para cegos, cerca de 34 títulos da legislação federal brasileira, entre eles a Constituição de 1988, o Código de Defesa do Consumidor e o Estatuto da Criança e do Adolescente - afirmou Mão Santa.

Louis Braille

No início do pronunciamento que fez em nome de Sarney, Mão Santa traçou um histórico de Louis Braille. Nascido na França em 4 de janeiro de 1809, aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, que era fabricante de arreios e selas, ele feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda. A infecção se alastrou para o olho direito, provocando a cegueira total.

Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, seu pai e o padre da paróquia matricularam-no na escola local. Com dez anos ele ganhou uma bolsa do Instituto Real de Jovens Cegos de Paris. Depois de dois anos naquela escola, ele conheceu Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, que apresentou um sistema de comunicação chamado escrita noturna, que depois ganhou o nome de sonografia.

Tratava-se de um método de comunicação tátil que usava pontos em relevo dispostos em um retângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz, para o inimigo não identificar sua localização. Nos dois anos seguintes Braille esforçou-se para simplificar o código.

Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille concluiu o seu sistema de células com seis pontos. Depois ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje leva seu nome. Com exceção de algumas pequenas melhorias, o sistema permanece basicamente o mesmo até hoje. 



15/12/2009

Agência Senado


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