Mão Santa posiciona-se contra prorrogação da CPMF até 2011
"Nunca dantes o povo brasileiro que trabalha foi tão sacrificado e pagou tanto imposto", declarou o senador Mão Santa (PMDB-PI), da tribuna do Plenário, ao manifestar-se contra a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Ele afirmou que só votaria a favor da prorrogação se todos os recursos arrecadados com o tributo fossem destinados à saúde pública.
Mão Santa lembrou que, ao ser criada, a CPMF - na época Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF) - era um tributo provisório cuja totalidade dos recursos destinavam-se a financiar a saúde pública, que enfrentava graves dificuldades. O caráter provisório ficou somente no nome e as verbas arrecadadas passaram a ser utilizadas para fins diversos, lamentou o senador.
- A saúde brasileira hoje só está boa para nós que temos planos de saúde. Quem não tem, sequer é atendido. O SUS [Sistema Único de Saúde] virou uma farsa - disse o senador, lembrando que o SUS paga R$ 2,5 por uma consulta e R$ 9 para um anestesista.
Mão Santa afirmou que o dinheiro da CPMF não vai para a saúde, frisando que é preciso acabar com esse tributo, pois "a carga tributária já é muito grande".
Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) opinou que é fundamental que o país invista cada vez mais recursos no SUS para que a população que não pode pagar um plano de saúde também tenha condições de ser atendida com dignidade quando adoecer.
07/08/2007
Agência Senado
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