Mão Santa sugere que concurso do Senado seja realizado em todas as capitais



Ao discursar nesta segunda-feira (2), o senador Mão Santa (PMDB-PI) sugeriu que o próximo concurso público para cargos no Senado Federal tenha provas aplicadas em todas as capitais brasileiras. Ele considera injusto que os concursos públicos tenham provas em apenas algumas capitais, criando dificuldades para que brasileiros de vários estados concorram em igualdade para cargos públicos.

Mão Santa afirmou que o Senado já aprovou projeto de sua autoria (PLS 509/03) que "determina a estadualização da realização das provas de concursos públicos para cargos federais". O concurso para o Senado deste ano prevê a realização de provas em sete capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Belém, Recife e Porto Alegre, além de Brasília).

- E o Brasil afora? Ó desigualdade! - disse o senador, indagando por que não são aplicadas provas em todas as capitais brasileiras, permitindo que os interessadosconcorram em condições de igualdade a uma vaga no serviço público.

De acordo com o projeto do senador, que tramita na Câmara dos Deputados, "as provas relativas a concursos públicos para provimento de cargos federais serão realizadas no Distrito Federal e nas capitais dos estados nos quais haja interessados, regularmente inscritos, em números igual ou superior a 50". Mão Santa também afirmou que vai propor outro projeto de lei para aumentar o prazo de validade dos concursos públicos. Na interpretação do senador, está surgindo uma "indústria dos concursos".

Mão Santa lamentou que atualmente sejam aproveitados apenas 10% a 20% dos aprovados em concursos públicos antes que estes percam a validade, que, pela Constituição é de até dois anos, prorrogáveis por mais dois.

Eça de Queiroz

Mão Santa também leu um texto, datado de 1871, de autoria de Eça de Queiroz, no qual o escritor critica os costumes sociais e políticos de Portugal: "Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo", leu o senador.

- Algum opositor do atual governo? Não! Isso aqui foi a decadência de Portugal. Eça de Queiroz, 1871. Vejo muito disso aqui no Brasil de hoje - comparou.

02/06/2008

Agência Senado


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