Marco Antônio Costa quer instituir dia para conscientização e divulgação da fibrose cística



Com a finalidade de chamar a atenção de toda a população para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da fibrose cística, o senador Marco Antônio Costa (DEM-TO) apresentou projeto que institui 5 de setembro como o Dia Nacional de Conscientização e de Divulgação da doença. O parlamentar entende que especialmente os gestores e os profissionais da área de Saúde devem aderir à luta para minimizar os efeitos dessa doença.

O projeto (PLS 310/08) aguarda recebimento de emendas na Comissão de Educação Cultura e Esporte (CE), bem como indicação de relator. O senador explica que a proposta, além de visar à conscientização da população sobre a importância do tratamento precoce e adequado da doença, determina a divulgação dos meios de acesso, nos serviços públicos de saúde, aos medicamentos indicados para o tratamento da fibrose cística, também conhecida por mucoviscidose.

O senador explica que devido à raridade da doença - há cerca de um caso em cada grupo de dez mil crianças nascidas vivas - o seu reconhecimento nem sempre é feito oportunamente. Ele lembra que o diagnóstico e o tratamento oportunos constituem a melhor forma de evitar complicações e mortes precoces dos portadores.

"A investigação, que visa ao diagnóstico, deve ser iniciada logo após o nascimento, por meio do teste do pezinho, conjunto de exames que possibilita a triagem ou o diagnóstico de algumas doenças que, freqüentemente, só se manifestarão mais tarde", explica o parlamentar.

A fibrose cística é uma doença genética que se pode manifestar em indivíduos de ambos os sexos e que se caracteriza por alterações do funcionamento das glândulas produtoras de muco, suor e enzima. Os aparelhos respiratório e digestivo são os que mais sofrem os efeitos resultantes do espessamento das secreções de alguns órgãos que os compõem e com a conseqüente dificuldade em eliminá-las.

Uma das alterações causadas pela doença é a obstrução dos ductos do pâncreas por secreções espessadas. Essa situação impede a liberação, para o tubo digestivo, das enzimas produzidas pelo órgão, imprescindíveis para uma boa digestão. Sem as enzimas, a digestão e a absorção intestinal de alguns nutrientes ficam prejudicadas, o que acarreta desnutrição e alterações do ritmo intestinal.



26/08/2008

Agência Senado


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