Marcon comemora a proibição de praguicida gaúcho pelas autoridades francesas
Atendendo pedido da Confederação Camponesa Francesa, o ministro da Agricultura Jean Glavany suspendeu por dois anos na França, o uso do praguicida Gaucho em sementes de girassol. "Este pesticida da multinacional Bayer vinha sendo comercializado desde janeiro de 1999, sem atender o 'princípio de precaução' para proteger as plantações de trigo, cevada, milho e beterraba", explicou o deputado Dionilso Marcon (PT). As autoridades francesas suspeitam que este veneno tenha provocado uma queda brusca da população de abelhas do país. E encomendaram um estudo à Comissão de Toxicologia do Ministério sobre o impacto do resíduo do Gaucho no solo.
"Além de roubar o patrimônio genético, estas empresas multinacionais também estão querendo se apropriar do nome gaúcho", criticou Marcon, para quem o povo riograndense não pode ser confundido mundialmente com um veneno letal, como é o caso deste pesticida. "Se não fosse a Confederação Camponesa, nós gaúchos ficaríamos associados a algo prejudicial à humanidade".
Os produtores de mel, comenta Marcon, se queixam sobre os danos causados nos enxames de abelhas, que ficaram desorientadas e impossibilitadas de retornar as suas colméias. Estes produtores batizaram o fenômeno de "doença de abelha louca". De acordo com a União Nacional de Apicultores Franceses, o número de colméias na França caiu de 1,45 milhão em 1996, para um milhão. A Bayer argumenta que o Gaucho deixa apenas um pequeno resíduo no néctar e no pólem, sem provocar maiores impactos nas abelhas. A multinacional vende este produto para 70 países, inclusive no Brasil.
Marcon disse que a Confederação Camponesa Francesa também chamou os fazendeiros para boicotar o imidaclopride e o fipronil, presente no ingrediente do Regent, praguicida produzido pela Aventis, outra gigantesca empresa européia de praguicidas. O gaúcho e o regent são usados para cobrir sementes no momento da semeadura.
02/21/2001
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