Marcon defende vacinação preventiva contra a aftosa



O deputado Dionilso Marcon (PT) defende a retomada da vacinação contra a febre aftosa nas áreas em que foram detectados focos da doença, especialmente na fronteira com a Argentina. O parlamentar, no entanto, manifesta posição contrária à proposta de promover vacinação em massa no Rio Grande do Sul, como querem algumas associações de criadores. “A vacinação nas localidades e nas áreas próximas dos focos da doença é uma medida preventiva que podemos adotar para garantir a sanidade do rebanho gaúcho, sem prejuízos econômicos ao Estado ”, assinala. Marcon argumenta que a retomada da vacinação preventiva não irá prejudicar a exportação da carne gaúcha. Ele lembra que São Paulo mantém a venda do produto para a Europa, apesar de ser zona livre de aftosa com vacinação. Na hipótese do Rio Grande do Sul voltar a imunizar seu rebanho, ficaria na mesma condição de São Paulo. O parlamentar lembra que o estado só irá recuperar o status de ' zona livre sem vacinação' em maio de 2002. “Até lá, porque não retomar a vacinação?”, questiona, lembrando que o vírus da doença pode ficar incubado por dois anos. "O vírus da aftosa estará presente na Argentina por quatro anos, já que não está havendo o sacrifício de animais infectados", acrescentou. O cálculo leva em conta o tempo médio de vida dos bovinos. Marcon defende que o governo gaúcho do Rio Grande do Sul peça imediatamente à Organização Internacional de Epizootias (OIE) permissão para adotar a vacinação preventiva. “Não podemos esperar infinitamente por uma posição do governo federal. Enquanto embromam em Brasília, precisamos agir para evitar o ressurgimento de novos focos”, conclui.

03/28/2001


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