Marconi Perillo e Alvaro Dias condenam a existência de gastos sigilosos
O senador Marconi Perillo (PSDB-GO) considerou inadequada a existência de gastos sigilosos na Presidência da República, opinando que todas as despesas do Poder Público deveriam ser abertas ao controle. Concordando com Marconi Perillo, Alvaro Dias (PSDB-PR) condenou, em reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos, o argumento da existência de gastos sigilosos, utilizado, conforme observou, por parlamentares da base do governo para impedir a investigação de parte das despesas da Presidência da República. Ele também manifestou seu repúdio à posição defendida por integrantes do colegiado de não serem feitas convocações, mas sim convites para os depoimentos na CPI.
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), presidente da CPI mista, explicou que os trabalhos da comissão seguem dentro do previsto e deverão avançar na próxima semana.
Marisa Serrano esclareceu que está marcada para o próximo dia 25 oitiva com o general Jorge Armando Félix, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, para explicar a necessidade de manutenção de sigilo sobre determinados gastos.
O deputado Sérgio Luiz (PT-RJ), relator da CPI mista, ressaltou que a comissão deve investigar e mesmo aprovar quebras de sigilo sem ferir a legislação vigente e as recomendações do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante argüição de depoentes na CPI Mista dos Cartões Corporativos, Marconi Perillo considerou muito limitadas as amostragens de investigação adotadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Em resposta, Marcelo Luiz de Souza da Eira, da Secretaria de Macro-Avaliação Governamental do TCU, ressaltou que as amostras de despesas investigadas são bastante amplas, sendo representativas do todo. Ele considerou que as amostras poderiam ser maiores, mas opinou que o TCU não dispõe de estrutura para ampliar os itens investigados. No entanto, reafirmou que as amostras adotadas são adequadas.
18/03/2008
Agência Senado
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