Maria do Carmo Alves se diz preocupada com desnacionalização de empresas brasileiras



A senadora Maria do Carmo Alves (PFL-SE) manifestou sua preocupação com "o processo de desnacionalização que vem ocorrendo em diversas empresas brasileiras". A motivação do pronunciamento de Maria do Carmo foi a notícia de que o grupo Cataguazes-Leopoldina, formado por diversas empresas de distribuição de energia elétrica no Nordeste e no Sudeste, tem travado intensas batalhas jurídicas para conter a ação de grupos americanos liderados pelas empresas Alliant Energy e FondElec Group, que querem assumir o controle acionário do sistema brasileiro.

Segundo a senadora, o Cataguazes-Leopoldina, que é quase centenário, possui mais de 3.500 funcionários e distribui energia a mais de 1.800.000 consumidores. Muitas de suas empresas receberam prêmios da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica pela qualidade e desempenho dos serviços.

Ainda de acordo com Maria do Carmo, a manobra jurídica, conforme informação do presidente do conselho do Cataguazes-Leopoldina, Ivan Botelho, pretende impedir o pagamento de dividendos de 2003, aprovado em assembléia-geral, aos 7.760 acionistas preferenciais do grupo.

A senadora disse ainda que, em tempo de desemprego crescente, baixos índices de crescimento e queda do poder aquisitivo dos trabalhadores, é objeto de preocupação a saúde financeira das empresas, especialmente daquelas cujo controle acionário está nas mãos de brasileiros. Depois de ressaltar não querer entrar no mérito das questões jurídicas que envolvem o caso do sistema Cataguazes-Leopoldina, que é um problema para a justiça resolver, a senadora esclareceu sua opinião quanto à desnacionalização de empresas brasileiras.

- Não somos contra o capital estrangeiro. O capital estrangeiro é bem-vindo desde que seja para gerar empregos, renda e desenvolvimento social e econômico. O que nos preocupa, e em especial nesta seara, é o compromisso com o nosso país. Com as nossas questões sociais e com a manutenção dos serviços essenciais para a população brasileira. Será que este caminho, a desnacionalização de nossas empresas, é o melhor para o país? - questionou Maria do Carmo.



19/02/2004

Agência Senado


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