Maria do Rosário fala sobre a paz na abertura do ano legislativo



A defesa da paz em contraposição à guerra foi o tema escolhido pela 2ª vice-presidente da Assembléia Legislativa, deputada Maria do Rosário (PT) para o seu discurso de abertura do ano legislativo, hoje à tarde.

Falando em nome da bancada petista, ela destacou a importância da segunda edição do Fórum Social Mundial, realizado de 31 de janeiro a 5 de fevereiro em Porto Alegre, que atraiu para a capital gaúcha 60 mil pessoas de 131 países que debateram a paz mundial.

Maria do Rosário lembrou que as discussões em torno dos gastos de US$ 800 bilhões por ano com as guerras estiveram presentes em diversas conferências, seminários e oficinas do FSM. E se referiu a Assembléia Mundial do Orçamento Participativo sobre Gastos com Guerra que elegeu a eliminação da fome, a erradicação do analfabetismo e a eliminação do trabalho infantil como prioridade para a aplicação desses recursos. "O compromisso dos movimentos sociais é o de se opor à guerra. Constatamos que após os ataques de 11 de setembro, os Estados Unidos, em nome da guerra contra o terrorismo, passaram a violar direitos humanos da população civil, iniciando um genocídio contra o povo afegão. A nação norte-americana instaurou o racismo e a xenofobia, que dividiu o mundo entre bons e maus, e essa situação não pode perdurar", advertiu a parlamentar.

"Deixamos de ser o fórum anti-Davos e passamos atrair os olhares dos participantes do Fórum Econômico Mundial, que reúne os países mais ricos do planeta", constatou Maria do Rosário, para quem o Fórum Social Mundial conquistou um poder político novo, uma vez que a ONU reconheceu sua luta. Para ela, o evento atingiu seu objetivo, na medida em que aprofundou o debate e respeitou a diversidade. "O FSM está reconhecido como o interlocutor das discussões sociais. Ele potencializa uma nova unidade mundial, onde as mudanças passam a ser coletivas".

Maria do Rosário disse que entre as principais lutas dos movimentos sociais está a abolição das dívidas externas dos países subdesenvolvidos. "Somos contra as atividades especulativas e exigimos a criação de impostos específicos, como a taxa Tobin e o respeito aos direitos humanos e a diversidade cultural", concluiu.

02/19/2002


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