MARINA PEDE PROVIDÊNCIAS SOBRE VAZAMENTO DE ÓLEO NO RIO DE JANEIRO



A senadora Marina Silva (PT-AC) classificou o vazamento de óleo da Refinaria Duque de Caxias na Baía de Guanabara (RJ) como uma grande catástrofe ambiental. Salientando que o óleo atingiu os manguezais e prejudicou as atividades pesqueiras na região, a senadora considerou a multa aplicada a empresa irrisória. "R$ 40 mil é insignificante e a empresa deveria ser obrigada a sanar os prejuízos ecológicos e sociais que provocou", disse.
Marina citou reportagem do jornal Folha de S. Paulo em que técnicos apontam a necessidade de um período de até cinco anos para que a natureza refaça a riqueza ambiental da região. "Os pescadores ficarão sem emprego durante meses, além de terem tido seus instrumentos de trabalho destruídos. O jornal também analisa a reincidência de vazamentos de responsabilidade da Petrobrás nos últimos anos", enfatizou.
Em aparte, o senador Artur da Távola (sem partido-RJ) disse que esses acidentes ecológicos são resultado da "ditadura de desenvolvimento moderno", que mata milhares de inocentes e destrói o meio ambiente.
Nesse momento da sessão, Marina atendeu, pelo celular, a um telespectador da TV Senado, em Joinville (SC), falando sobre uma bactéria usada com sucesso na Europa, que "digere" o óleo e limpa o meio ambiente. "Esse é o lado bom da tecnologia permitindo uma melhor comunicação entre as pessoas, disse Távola, acrescentando que repassará a informação às autoridades governamentais.
Também em apartes, os senadores Romero Jucá (PSDB-RR) e Casildo Maldaner (PMDB-SC) ressaltaram a gravidade e conseqüências do acidente.

20/01/2000

Agência Senado


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