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O senador Mário Couto (PTB-RR), lamentou, nesta terça-feira (17), em plenário, que o Supremo Tribunal Federal (STF) venha a julgar válidos os recursos impetrados pelos condenados no processo do mensalão, uma tendência observada em relação à continuação, nesta quarta-feira (18) do julgamento dos embargos infringentes apresentados pelos réus no processo do chamado "Mensalão", por seis votos a cinco. A Suprema Corte aguarda apenas o voto do ministro Celso de Mello.

Para o senador, o Brasil vive uma crise institucional e os responsáveis seriam os políticos do Partido dos Trabalhadores (PT).

– A que ponto levaram a nação esses petistas, os incompetentes petistas, a que ponto levaram a nação na ânsia, na covardia, na necessidade de estarem sempre no poder, fazendo trapaças e mentiras – disse.

Mário Couto afirmou ainda que o Poder Legislativo sofre de falta de credibilidade, especialmente a Câmara dos Deputados, por não ter cassado o mandato do deputado Natan Donadon, condenado a mais de 13 anos de prisão por peculato e formação de quadrilha.

– A Câmara, há poucos dias, decepcionou o país mais uma vez, colocando na sua lista de deputados um prisioneiro, um condenado, um político que já estava preso – afirmou.

O senador disse ainda que quer mostrar seu voto em todas as deliberações da Casa. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) adiou para a próxima quarta-feira (18) a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 43/2013, que determina o voto aberto em todas as deliberações do Poder Legislativo.

– Eu não aceito mais votar secretamente. Este Senado não pode e não deve mais esconder voto de senadores e senadoras. Eu vou abrir meu voto e vou à Justiça em todas as ocasiões que tiverem votação aqui, seja o que for, dê no que der, eu vou abrir meu voto daqui por diante – disse.

Mário Couto concluiu dizendo vai rezar à Nossa Senhora de Nazaré para que o ministro Celso de Mello mude seu voto – o ministro já deu indícios de que votará a favor dos embargos – e relembrou uma frase de Ruy Barbosa.

– De tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir-se da honra, desanimar-se da justiça e ter vergonha de ser honesto – proferiu Mário Couto, citando o famoso escritor, jornalista e político.

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