Mário Couto: relatório do TCU mostra que o governo gasta mal



 Falta de planejamento; superfaturamento; falta de fiscalização e punição para os desvios de verbas; e a ausência de prioridades para os investimentos são exemplos de ilegalidades encontradas pelos auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) nas obras de recuperação de estradas a cargo do governo federal, relatou nesta quinta-feira (26) em Plenário o senador Mário Couto (PSDB-PA).

- Este relatório prova que o governo Luiz Inácio Lula da Silva gasta mal - disse o parlamentar paraense.

Mário Couto observou que a administração petista aportou R$ 2 bilhões em 2006 para consertar rodovias, mas 69% delas ainda são consideradas ruins ou regulares. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), as estradas federais exigiriam investimentos de R$ 33 bilhões para saírem do atual estado de deterioração e o dobro para ficarem em boas condições.

Em contrapartida, o governo Lula bateu seu próprio recorde, ao elevar acima de R$ 1 bilhão, pela primeira vez na história, os gastos com propaganda estatal federal: em 2003, haviam sido gastos R$ 667,6 milhões, mas esses valores passaram a R$ 956,1 milhões, em 2004, e a R$ 963 milhões em 2005. Em 2006, os gastos atingiram R$ 1,3 bilhão, sem contar os patrocínios.

Outro relatório do TCU mencionado por Mário Couto aponta prejuízos de mais de R$ 106 milhões gerados por gastos com publicidade e propaganda, em razão de pagamentos por serviços não prestados, superfaturamento e notas fiscais fraudadas. Também foram detectadas irregularidades no uso de cartões de crédito corporativos. Das 648 notas fiscais apresentadas - a maior parte relativa a habitação -, 35% estavam irregulares, correspondendo a R$ 482,5 mil. As principais irregularidades são: alteração do valor pago, endereços inexistentes e sonegação fiscal.



26/04/2007

Agência Senado


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