Marisa Serrano e Jucá apostam em harmonia política em comissão de inquérito sobre cartões corporativos



A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos deverá ser instalada em clima de harmonia política. A expectativa foi manifestada tanto pela presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), como pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), em entrevista nesta terça-feira (4). Marisa Serrano acredita que a CPI Mista dos Cartões Corporativos deverá ser instalada nesta quarta-feira (5) e iniciar seus trabalhos de imediato.

A senadora pelo Mato Grosso do Sul também considerou acertada a decisão do PT de aceitar a relatoria da comissão. A bancada do PT vinha reivindicando a presidência da CPI depois que o PMDB decidiu ceder o cargo ao PSDB.

- Foi uma decisão sensata. Fico muito contente que a gente comece sob o signo da harmonia - comentou.

Romero Jucá também saudou a decisão petista:

- O PT não cedeu. O PT entendeu, colaborou, participou do entendimento e vai indicar o relator, que é uma posição chave, fundamental na investigação. É importante que, agora, a gente tenha harmonia política para investigar e votar matérias importantes que tramitam no Congresso - frisou Jucá, ressaltando a necessidade de aprovação do Orçamento para 2008.

Questionada se as investigações partiriam do uso dos cartões corporativos pelo atual governo ou na gestão Fernando Henrique Cardoso, Marisa Serrano adiantou que a decisão será negociada com o relator da CPI. De qualquer modo, a senadora defendeu o início dos trabalhos "pelos fatos que motivaram a criação da comissão", ou seja, pelas denúncias de desvio no uso dos cartões no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

- A CPI depende, e muito, da boa vontade do governo quanto à celeridade no envio de documentos. Mas acredito que não haverá problema, pois o governo é o primeiro a defender que haja transparência, e o presidente Lula tem dito isso - declarou.

Exclusiva

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), também disse que seu partido estará alerta ao funcionamento da comissão de inquérito. Segundo observou, permanece na Mesa do Senado, pronto para leitura, requerimento para criação de uma CPI exclusiva do Senado para investigar os cartões corporativos.

- Não é uma ameaça, mas vamos acompanhar o funcionamento da comissão, que tem maioria do governo. Se os requerimentos que fizermos forem sistematicamente rejeitados, poderemos criar uma CPI no Senado - admitiu.



04/03/2008

Agência Senado


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