Marisa Serrano marcará em breve votação do relatório final



A presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), afirmou, em entrevista, que a próxima reunião da CPI Mista deverá ser destinada à leitura e à votação do relatório final, uma vez que nenhum requerimento de convocação ou acareação foi aprovado nesta terça-feira (27).

- Vou ver com os sub-relatores se já é possível realizar a votação nesta semana - disse.

Sobre a rejeição de dez requerimentos na reunião desta terça-feira, a senadora afirmou que o governo não deseja que as investigações da comissão cheguem ao Palácio do Planalto. Mas garantiu que a presidência da CPI Mista enviará ao Ministério Público e à Polícia Federal dados dos sub-relatórios da comissão que não venham a ser aproveitados pelo relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).

Marisa Serrano destacou, porém, que a comissão já conseguiu alguns pontos positivos.

- Pelo menos a sociedade ficou sabendo que existem cartões corporativos e colocamos um freio na gastança - afirmou.

A senadora defendeu ainda a necessidade de mais investigações a respeito do caso do dossiê com informações sigilosas sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para Marisa Serrano, várias perguntas não foram respondidas e os parlamentares não podem "compactuar com um governo arbitrário" que produziu um documento com "intuitos inconfessáveis".

Relatório final sem dossiê

O relator da CPI afirmou que avaliará se é possível incluir ou não em seu relatório final o trabalho produzido pelos sub-relatores. O deputado garantiu, porém, que não fará nenhuma referência ao caso do suposto dossiê no relatório. Para Luiz Sérgio, o assunto deve ficar sob a responsabilidade da Polícia Federal.

O deputado disse ainda que a rejeição aos requerimentos nesta terça-feira não foi nenhuma "blindagem" à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Para o relator, os requerimentos faziam parte de uma estratégia da oposição, mas eram "irrelevantes no que se refere à informação".

- Dilma sabe se defender e não precisa de blindagem - afirmou.

O sub-relator de fiscalização dos gastos, deputado Índio da Costa (DEM-RJ), afirmou ter encontrado diversos desvios no uso de cartões corporativos e garantiu que seu sub-relatório está quase pronto. Entre as sugestões que apresentará, destacou, está a de que quem gastar indevidamente dinheiro público com cartão corporativo, ainda que por engano, deve devolver o valor em dobro aos cofres do governo.



27/05/2008

Agência Senado


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