Marta Suplicy elogia política econômica e diz acreditar no crescimento econômico do país




Em pronunciamento em Plenário nesta terça-feira (30), a senadora Marta Suplicy (PT-SP) destacou que esta será uma semana importante para a economia brasileira. Na quarta-feira (31), o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir a nova taxa básica de juros na economia - que hoje é de 12,5% ao ano. Na sexta-feira (2/9), serão divulgados pelo IBGE os dados do PIB do segundo trimestre. Os dois eventos seriam marcantes no atual contexto econômico internacional, em que principais economias do mundo estão perdendo força.

Marta Suplicy antecipou que o PIB brasileiro do segundo trimestre a ser anunciado vai registrar uma alta de 0,8% ante o primeiro trimestre. O índice representa um crescimento acumulado de 3% ao ano. Na avaliação da senadora, este é um bom resultado, mas é preciso ficar alerta para o futuro: o Brasil crescerá mais até o final do ano?

A senadora de São Paulo acredita que sim, em decorrência da adoção, pelo governo federal, de um "mix" de política monetária e política fiscal para conter a crise. E destacou a decisão da presidente da República, Dilma Rousseff, no início do governo, de se adotar a austeridade fiscal nas contas públicas.

- Naquele momento muitos foram céticos quanto aos efeitos concretos da economia de R$ 50 bilhões, como ela propôs; mas o fato é que, naquele momento, a presidenta consolidava a âncora fiscal como o mais importante eixo de estabilização de sua política econômica. E acertou, porque muitos duvidaram do real compromisso do governo nesse sentido. Diziam que era medida demagógica, 'para inglês ver'. Mas o resultado está aí: economia de R$ 91,9 bilhões nos sete primeiros meses do ano - comemorou a senadora, registrando que o país já alcançou 80% da meta fiscal de 2011.

O anúncio da presidente Dilma esta semana de um adicional de R$ 10 bilhões de esforço fiscal para a meta do superávit primário deste ano foi outro dado destacado por Marta Suplicy como sinal do compromisso do governo de manter a política fiscal como principal instrumento estabilizador da política econômica. Na avaliação da senadora, o anúncio foi importante porque "desloca o peso da estabilização de preços para a âncora fiscal e alivia a política monetária, permitindo que o Copom possa ousar um pouco mais em sua reunião desta semana". 

Resposta às críticas

Marta Suplicy rebateu críticas "de que o crescimento do país se deu em decorrência do aumento da arrecadação federal". Para a senadora, a receita tributária cresceu no Brasil porque o país cresceu 3,3% nos últimos doze meses. Outra crítica respondida pela senadora foi de que o gasto público estaria crescendo.

- O gasto público cresce de fato, porque a execução das ações do PAC já alcançou R$ 14,9 bilhões entre janeiro e julho, valor 39,8% superior ao do ano passado. Outras despesas do Orçamento Social e Previdenciário também cresceram, resultado do principal compromisso do governo de que país rico é país sem pobreza - argumentou.

30/08/2011

Agência Senado


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