MDic cria grupo de trabalho para aprimorar setor de calçados do País



Há, no Brasil, 7.830 empresas no setor que geram 300 mil empregos diretos, sendo que 58% delas são consideradas de grande porte, 16% de pequeno, 14% de médio e 12% micro. Os dados sáo de um estudo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com base em indicadores da indústria. O relatório foi apresentado nesta terça-feira (18), no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDic), durante reunião de criaçao de um grupo de trabalho que vai estudar a melhoria dos sistemas de normatização e padronizaçao das indústrias do setor.


O grupo foi criado no âmbito do Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva de Couro, Calçados e Artefatos. O objetivo é elaborar o projeto de uma agenda tecnológica para atender as principais demandas do setor, a Agenda Tecnológica Setorial (ATS), que usará os dados do estudo apresentado.


Em 2008 a indústria brasileira de calçados produziu 803 milhões de pares de sapatos, dos quais 170 milhões voltados à exportação, que representou ganho de US$ 1,8 bilhão. Os principais estados exportadores são Rio Grande do Sul, Ceará e São Paulo.


No mercado internacional, o Brasil tem participação de 5% na produção e no consumo mundial. A China lidera a lista dos países produtores com 64% da fatia do mercado e ainda as exportações com 73%. Os Estados Unidos são o principal importador consumindo 17% da produção mundial.


Segundo o coordenador-geral do fórum da Secretária do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Simon Salama, o objetivo da agenda - além de atender demandas do setor - é  se voltar para a realidade do “chão de fábrica”.


O grupo será constituído por representantes das entidades governamentais envolvidas e ainda das entidades produtivas, que indicarão técnicos dos institutos setoriais de pesquisa tecnológica.


Perspectivas de futuro


A elaboração do documento se voltará para as perspectivas de futuro da produção de calçados levando em consideração temas como a diferenciação dos produtos, com investimentos para melhorias em estilo, conforto, segurança e desempenho, e o desenvolvimento de novos materiais, como polímeros e produtos naturais que substituem ou complementem o couro.


A nanotecnologia e as tecnologias de comunicação e informação também são fatores a serem considerados como estratégicos pela cadeia produtiva, bem como a interface com a eletrônica. Uma produção mais sustentável e limpa, com um tratamento adequado  de resíduos, é outra meta desta indústria, além da melhoria de sistemas de padronização, normatização e certificação.

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior



19/05/2010 16:33


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