Médicos estrangeiros visitam estrutura para índios brasileiros



A Casa de Apoio à Saúde do Índio (Casai) do Paranoá, cidade-satélite do Distrito Federal recebeu nesta sexta-feira (6), a visita de profissionais do programa Mais Médicos vindos da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Ao todo, 38 médicos cubanos, um colombiano e um brasileiro, formado na Venezuela, conheceram o local que é referência no tratamento aos indígenas de várias partes do País. De acordo com o Ministério da Saúde, além de ajudar os índios, os estrangeiros também serão fundamentais para trabalhar nos 701 municípios nos quais ainda não há médicos residentes. Estes locais concentram uma população estimada de 12 milhões de brasileiros.

A visita faz parte do processo de avaliação e preparação dos profissionais do programa. O objetivo da visita foi o de proporcionar uma primeira experiência com a estrutura e os próprios índios com os quais eles vão trabalhar, a partir do dia 16. Na Casai, os estrangeiros receberam palestras sobre a atenção primária específica para povos indígenas, passaram pelos dormitórios, centros de enfermagem e até apreciaram o artesanato e a culinária nativa durante o almoço.

Os profissionais da Opas contribuirão para que fosse cumprida toda a demanda de distritos indígenas feita ao programa Mais Médicos, segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Maranhão, Amazonas, Acre, Pará, Tocantins e Roraima são os estados onde as comunidades serão diretamente atendidas. Os 40 médicos desta primeira etapa começam a atender a partir do dia 16 deste mês.

Experiência única

Carlos Enrique Diaz é um dos médicos que chegou recentemente de Cuba ao Brasil. Ele já trabalhou por quatro anos com comunidades indígenas na Guatemala. Prevê que vai encontrar uma situação parecida por aqui, e, embora já esteja acostumado, acredita que vai vivenciar uma experiência única propiciada pelo programa Mais Médicos.

“Tenho certeza de que vai ser algo que vou contar para os meus netos, sobre a viagem que fiz para ajudar os índios no Brasil. Estou aqui para ajudar e atender a população das comunidades, tanto indígenas como de periferia. Vou trabalhar onde a povo brasileiro precisar”, contou Diaz, que deve trabalhar com as tribos em Roraima.

Áreas carentes

O Casai no Paranoá é uma das regiões de maior carência de médicos, assim como os 701 municípios que não foram selecionados por nenhum médico no chamamento individual. A distribuição dos profissionais entre os municípios priorizou cidades de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – 13 têm índice muito baixo (até 0,5) e 133 têm desempenho baixo (de 0,5 a 0,599), conforme a definição do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Já nas 51 localidades de IDH médio (de 0,6 a 0,699) e nas nove de desempenho alto (0,7 a 0,799), os profissionais atuarão em áreas pobres, onde também é grande a carência por médicos. Outro critério adotado foi a capacidade de supervisão e avaliação dos médicos e a demanda apresentada pelos municípios de cada unidade da federação.

Fontes:

Ministério da Saúde 

Com informações do Portal Planalto



10/09/2013 12:33


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