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Meio Ambiente: Estado e BID celebram acordo de US$ 15 milhões para o ecoturismo

Recursos se destinam a projetos em seis parques estaduais, que somam 320 mil hectares remanescentes de Mata Atlântica

O governo do Estado investirá US$ 15 milhões no Projeto de Ecoturismo na Mata Atlântica. Acordo neste sentido foi efetivado em Washington, Estados Unidos, entre o Executivo paulista e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que vai liberar US$ 9 milhões. O restante cabe ao Estado.

A Secretaria do Meio Ambiente tocará o projeto em cinco parques no Vale do Ribeira e um no litoral norte. Os recursos permitirão a conservação da mata atlântica e o incentivo ao desenvolvimento socioeconômico, com exploração do potencial ecoturístico das regiões em que se localizam os parques estaduais Carlos Botelho, da Ilha do Cardoso, Intervales, do Jacupiranga e Turístico do Alto Ribeira. No litoral norte, o escolhido é o de Ilhabela.

Os seis locais concentram os maiores remanescentes de mata atlântica do País e somam 320 mil hectares de área, distribuídos em 13 municípios no Vale do Ribeira e em Ilhabela. Essas unidades de conservação abrigam significativo conjunto de atrativos naturais: cachoeiras, cavernas, praias, trilhas, mirantes e estradas. Cardoso e Ilhabela oferecem as águas do mar. Os recursos serão investidos em melhorias das estruturas para os ecoturistas – recepção, atrações, serviços de hospedagem e de alimentação.

Expansão global 

O ecoturismo, segmento em crescimento no mundo, é atividade desenvolvida em áreas naturais conservadas, conciliando a proteção do meio ambiente e gerando benefícios sociais para as comunidades. Nos parques beneficiados, a mata atlântica reina absoluta, por abrigar um dos mais ricos ecossistemas em biodiversidade do planeta.

É um meio ambiente reconhecido pela Unesco como Reserva da Biosfera e Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade. Pela beleza de suas paisagens e variação de atrativos, essas unidades de conservação constituem espaços privilegiados para o planejamento do ecoturismo.

O projeto, a ser executado pela Secretaria do Meio Ambiente nos próximos quatro anos, prevê ações para atrair e satisfazer mercado diversificado de turistas, ao mesmo tempo em que protegerá o patrimônio natural a longo prazo. Estão previstas construções e reformas de pousadas, restaurantes e centros de visitantes, além de criação e expansão de atrativos como o arborismo, tirolesa (esporte radical), cavernas e trilhas de extenso percurso para que as pessoas tenham maior contato com as riquezas da mata atlântica paulista.

Haverá outras ações para o entorno dos parques, como capacitação das omunidades para empreender novos negócios em ecoturismo. O plano prevê assistência técnica aos micros e pequenos empresários da região para melhoria dos seus produtos e serviços, com responsabilidade socioambiental.

Construção em andamento 

As obras mais adiantadas são as do Parque de Ilhabela. Lá, a Secretaria do Meio Ambiente restaura dois prédios centenários: uma cadeia pública e o fórum da cidade, para instalar futuramente a sede do Parque Estadual de Ilhabela e a casa para recepção de turistas. As obras começaram antes, com os recursos da contrapartida do Estado.

O dinheiro do BID estará disponível para utilização nos demais parques provavelmente no segundo semestre. Primeiro, a secretaria precisa cumprir alguns requisitos contratuais: auditoria, monitoramento do projeto e supervisão de trabalhos. O próximo local a receber obras será o Parque Estadual do Vale do Ribeira.

A Secretaria de Meio Ambiente selecionou esses seis parques para o ambicioso projeto de ecoturismo porque são os mais visitados no Estado e oferecem alguma infra-estrutura para receber o público. O maior deles é o Parque de Jacupiranga, com 150 mil hectares, na cidade de mesmo nome, que absorve partes dos municípios de Eldo

03/03/2006

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