MERCADANTE CONSIDERA PPA UMA PEÇA DE MARKETING
Segundo Mercadante, é inaceitável que um Plano para os próximos 4 anos não tenha como prioridade o combate às desigualdades regionais e à exclusão social que condenam 44 milhões de brasileiros a sobreviverem com menos de R$ 2,00 por dia. "A economia informal engloba metade da população economicamente ativa do país, portanto seria fundamental elaborar amplos programas de geração intensiva de empregos, apoio à agricultura familiar, crédito barato para as microempresas para reverter essa situação", argumentou.
Mercadante lembrou que 43% do orçamento da União são prisioneiros da dívida interna, enquanto as taxas de juros de 18,5% asfixiam os empreendimentos privados. "De onde sairão os investimentos privados e públicos necessários para levar adiante os projetos?", pergunta. Para ele, somente um crescimento econômico rápido seria capaz de gerar esses recursos, mas isso parece impossível diante dos cinco anos de governo FHC que acumularam um crescimento "pífio" de 2,33%, inferior até ao dos anos 80, a chamada década perdida, ressaltou.
O líder petista alertou para a gravidade crescente da crise social que está dividindo a sociedade brasileira entre os poucos que não querem mudar, porque tem tudo, e os muitos que apostam em mudanças porque não têm nada a perder. "Esses são os ingredientes certos para transformar a crise em explosão social", concluiu Mercadante.
Em aparte, o deputado Alberto Goldman (PSDB-SP) lembrou que os descontentes com a estratégia do PPA não fizeram qualquer proposta para mudar os eixos de desenvolvimento da proposta.
08/06/2000
Agência Senado
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