Mercadante ressalta números positivos do país para mostrar acerto do governo



Ao comentar a presença do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na Comissão de Assuntos Econômicos, nesta terça-feira (25), o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse que, na oportunidade, foi possível fazer um balanço do êxito da política econômica no que se refere à estabilidade da economia. Ele lembrou a inflação abaixo de 4% há um ano e meio e a redução da vulnerabilidade externa. Lembrou que as reservas cambiais líquidas do Brasil, em 2002, eram de US$ 16 bilhões, contra US$ 162 bilhões hoje. Em sua opinião, foi isso que garantiu o bom desempenho do Brasil durante a recente crise financeira internacional que teve origem no mercado imobiliário dos Estados Unidos.

Para o senador, a estratégia econômica de gerar grandes superávits comerciais,de acumular reservas cambiais e de reduzir a dívida externa na sua relação com o Produto Interno Bruto (PIB) permitiu não apenas o crescimento, como a estabilidade nas contas públicas, dando condições ao Estado de investir em logística e em infra-estrutura, o que está sendo feito com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele observou que o grande desafio para manter o crescimento acelerado vai ser resolver os problemas de estrangulamento energético, de transporte, de energia e de logística de uma forma geral.

- Fizemos uma política de transição para superar a herança de um neoliberalismo tardio que o país praticou durante o período anterior, a qual reduziu a vulnerabilidade externa e a fragilidade das finanças públicas, manteve a estabilidade da economia e, principalmente, criou as bases de um crescimento sustentável que vem desde 2004, o mais longo período de crescimento dos últimos 25 anos, uma média de crescimento do PIB de 4,2% nos últimos três anos, e, seguramente, vamos alcançar 5% este ano - disse o senador.

O mais importante, no entanto, segundo Mercadante, é que o período dos últimos três anos apresenta os melhores indicadores de distribuição de renda e de combate à pobreza e à miséria. Ele citou dados do IBGE, destacando que 17 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza, enquanto a renda per capita cresceu 20% no triênio 2004/2006. O mais importante, observou, é que entre os 50% mais pobres a renda cresceu 31,7%; entre a classe média - 40% da população - a renda cresceu 20,7%; e entre os 10% mais ricos, houve uma melhora de 16,1%.

CPMF

Em resposta a aparte do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), para quem o Brasil está tão bem que não precisa prorrogar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Mercadante argumentou que esta é indispensável para o financiamento das políticas públicas e sociais, frisando que R$ 16 bilhões com ela arrecadados vão para a saúde, cujos indicadores continuam aquém do desejado para um país do tamanho e da importância do Brasil. Ele acrescentou que R$ 8 bilhões vão para o Bolsa-Família, programa fundamental no combate à pobreza e R$ 8 bilhões para a Previdência.

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) lembrou que só paga CPMF quem movimenta conta bancária - apenas 15% da população brasileira. O senador Mário Couto (PSDB- PA) pediu que o governo tome providências contra a sangria dos cofres públicos pela corrupção, lembrando os resultados de relatório do Tribunal de Contas da União apontando irregularidades em obras em execução ou por executar.



25/09/2007

Agência Senado


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