Metrô amplia recursos com empreendimentos não-tarifários



Conceito abrange atividades geradoras de receita que não fazem parte do serviço tarifado

Uma concessionária de veículos ao lado da Estação Belém, um hipermercado na Vila Mariana, um shopping anexo à Estação Tucuruvi, um posto de gasolina próximo à estação Guilhermina-Esperança e mais um estacionamento neste mesmo local. Essas são as próximas iniciativas da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), com vistas à ampliação da arrecadação de recursos não-tarifários.

O conceito abrange todas as atividades geradoras de receita para a companhia que não fazem parte do serviço tarifado, o de transporte de passageiros, seu negócio principal. São os painéis publicitários nos trens e nas estações, os espaços comerciais nas estações (quiosques, boxes, etc.), as locações de terminais rodoviários, além das outras iniciativas já citadas. A gerente de negócios do Metrô, Renata Lucena, informa que há novidades em desenvolvimento que farão parte dos novos empreendimentos – mídias nos túneis e sistema de propagação de sinal para uso de celulares e TV nos vagões.

“Estamos trabalhando com esses projetos em paralelo com a concepção das estações futuras, para que sejam inauguradas com os serviços em operação”. Os recursos oriundos dessa área representam 6,5%  em relação às receitas tarifárias. Segundo Renata, é importante contribuição na receita da empresa. Além desse objetivo, a atuação visa à prestação de serviço complementar para facilitar a vida do usuário e tornar a opção do Metrô cada vez mais atraente.

Na concepção das iniciativas, são considerados os aspectos de convivência e adequação com o serviço de transporte, além da inovação e da busca de negócios desenvolvidos com êxito em outros metrôs, aeroportos e centros comerciais. A avaliação do usuário em relação à pertinência do serviço também tem peso. Regularmente, são realizadas pesquisas com esse intuito. De acordo com Renata, até o momento a aceitação é boa. “Cerca de 88% dos usuários acham o comércio no Metrô muito bom e bom”, informa. Nova pesquisa está em fase de elaboração.

Primeiro shopping de Itaquera

O quarto shopping center numa estação de Metrô é a mais recente iniciativa na área de recursos não-tarifários da Companhia do Metropolitano. O Shopping Center Metrô Itaquera foi inaugurado no dia 7 de novembro, data de aniversário do bairro que agrega 1,1 milhão de moradores. Construído anexo à estação Corinthians-Itaquera da Linha 3, é o primeiro do gênero na região. Fica localizado em área vizinha ao maior Poupatempo do Estado de São Paulo.

É ainda um dos maiores shoppings da capital paulista, com 200 lojas, incluindo hipermercado, praça de alimentação, oito salas de cinema e parque de diversões, em dois pisos. A construção levou 22 meses para ser concluída e ocupa 120 mil metros quadrados. O empreendimento é uma parceria da iniciativa privada com a companhia. Funciona sob contrato de concessão de direito de uso remunerado de imóveis de propriedade do Metrô, após seleção da empresa por meio de licitação.

A remuneração equivale a um porcentual sobre o faturamento obtido pelo shopping com o aluguel das lojas e espaços, estacionamentos e todos os demais negócios decorrentes da operação. A previsão é de que tenha movimento diário de 60 mil pessoas, das 10 às 22 horas. O primeiro shopping do tipo foi inaugurado em 1997 – o Metrô Tatuapé. Em 2001, entrou em funcionamento o Shopping Metrô Santa Cruz, e em maio deste ano foi aberto o Metrô Boulevard Tatuapé.

A realização de atividades, que vão além do serviço de transportes pelo Metrô, teve início em 1995, com a negociação de mídias nos trens e estações. Nessa época, o setor era terceirizado. Em 2002, a administração dos recursos não-tarifários passou a ser feita pela própria companhia

Simone de Marco

Da Agência Imprensa Oficial



12/01/2007


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