Micro e pequenos negócios terão ano excelente, prevê Sebrae
Brasília - O otimismo dos industriais brasileiros em janeiro é o maior dos últimos 11 anos, informa pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a maioria, o pior da crise já passou e a aposta é novamente em taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superiores a 5%, semelhantes ao que vinha ocorrendo nos dois últimos anos pré-crise.
Mas será que este otimismo todo no rumo da economia, comprovado por pesquisa da CNI, extrapola-se para o segmento de micro e pequenos negócios? Para o diretor de Administração e Finanças do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, sim. E sua avaliação baseia-se em sondagem do Sebrae, feita em março de 2009, no auge da crise, junto ao cadastro de clientes atendidos pela Instituição. Baseia-se também no relacionamento direto com os usuários de seus serviços de consultoria e capacitação.
A sondagem retratou que, apesar de sentirem os efeitos do instável contexto econômico – redução da quantidade vendida e do faturamento no último trimestre de 2008 -, micro e pequenas empresas apresentavam expectativa bastante favorável para 2009: 62% das MPE esperam vender e faturar mais; 68% confiavam no aumento do número de clientes e 49% planejavam investimentos.
Dos 2.937 empresários consultados nos 27 estados e Distrito Federal, 23,3% afirmaram que a ampliação do negócio era o tema-chave para 2009. Em segundo lugar, o marketing foi apontado por 21,2% dos entrevistados, enquanto a busca por novos mercados foi o terceiro tema mais votado, 16,3%.
Tudo indica, agora, que o enfrentamento da crise, principalmente via maior oferta de crédito por parte dos bancos públicos também para a população de menor poder aquisitivo e trabalhadores por conta própria, assim como o fortalecimento de programas de transferência de renda, alentaram ainda mais boas expectativas do segmento.
“O Sebrae tem cerca de um mil postos, além de equipes móveis de atendimento, operando em todo o País. Temos também um canal de relacionamento, o 0800-570-0800. Nosso contato com milhares de empreendedores de todas as regiões é diário. E a maioria dos que nos procuram o fazem em busca de soluções que impliquem maior faturamento, maior competitividade de seus negócios. Também nos procuram para saber como abrir o próprio negócio. Ou seja, está bastante claro para nós que o Brasil vive uma boa onda que já está impactando muito positivamente os níveis de emprego e de renda”, explica Carlos Alberto.
19/08/2010 04:22
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