Ministério do Esporte e UFRJ avançam no controle antidoping



O Ministério do Esporte vai contribuir para melhorar a atuação do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O objetivo é garantir a competitividade do Ladetec no mercado para além dos eventos esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos – a Copa do Mundo Fifa 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016. O incremento do Ladetec é também um passo importante para o avanço do Brasil no controle do doping, em conformidade com as exigências da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).

O Ladetec mantém em sua estrutura o Laboratório de Controle de Dopagem (Lab-Dop), o único do País credenciado pela Wada para exames de controle de dopagem. O Brasil está se adaptando às exigências da agência e pretende, ainda em 2011, realizar exames periódicos em seus atletas independentemente das competições esportivas. A medida começará com os beneficiados pelo programa Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte.

As ações para melhorar o Ladetec foram discutidas esta semana em Brasília pelo secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, e a diretora do Instituto de Química da UFRJ, Cássia Turci. Também participaram da reunião o diretor do Ministério do Esporte, Marco Aurelio Klein, e o coordenador do Ladetec, Francisco Radler.

O Ministério do Esporte vai financiar obras e a compra de novos equipamentos, além de subsidiar a qualificação e o treinamento de equipe.

Novo prédio

A UFRJ vai finalizar o projeto de construção do novo prédio do Ladetec, modernizar a gestão do laboratório e concluir o estudo de competitividade, que está sendo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento em Administração (Coppead), também da universidade.

“O Ministério do Esporte vai contribuir de todas as formas possíveis para a melhoria do Ladetec”, garante Ricardo Leyser. Segundo ele, não basta que o laboratório esteja apto a fazer os controles exigidos pela organização dos grandes eventos. “Estes têm curto período de duração e demanda garantida, mas o laboratório precisa ter mercado e conseqüente capacitação técnica, gerencial e estrutural para atender demandas durante todo o ano”, afirmou.

Marco Aurelio Klein lembra que o trabalho integrado terá efeitos positivos na atuação da futura Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que será criada pelo governo federal em cumprimento ao compromisso assumido pelo País na época da candidatura do Rio de Janeiro aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. O projeto de lei que cria a ABCD está em análise no Ministério do Planejamento e em breve deverá ser finalizado pelo governo para encaminhamento ao Congresso Nacional.

Recursos

Entre 2004 e 2007, o Lab-Dop recebeu R$ 7,061 milhões do Ministério do Esporte para a melhoria de infraestrutura, aquisição de novos aparelhos e capacitação da equipe técnica. Em 2010, o ministério investiu R$ 563,9 mil na compra de equipamentos para detecção de hormônio do crescimento humano recombinante nas amostras dos atletas – uma exigência da Wada –, compra de material de consumo e capacitação de pessoal para operar as novas máquinas. Em 2011, há previsão de novos recursos para aquisição de equipamentos.

O Ministério do Esporte ainda lidera um grupo de trabalho que negocia a definição e a oficialização de processos de fiscalização aduaneira e anuência para importação de material biológico e produtos controlados para testes antidopagem. O grupo é formado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Receita Federal, Rio 2016, Ladetec e Associação Brasileira das Empresas de Transporte Internacional Expresso de Cargas (Abraec).

Fonte:
Ministério do Esporte



24/06/2011 14:27


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