Ministro da Integração diz que obra vai trazer segurança hídrica a flagelados da seca



Ao defender o Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional nesta quinta-feira (14), o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, afirmou que a obra, ao mudar o leito do rio, vai trazer segurança e garantia hídrica a milhões de nordestinos que sofrem com o flagelo da seca. Em discurso da tribuna do Plenário do Senado, Geddel rebateu várias críticas feitas a ele pelo bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, inclusive a de que Geddel já teria sido contrário ao projeto.

- Ora, se não pudermos mudar de posição ao conhecer pessoas que entendem mais do assunto do que nós e argumentos convincentes e idéias respeitáveis, o que estamos fazendo aqui, para que vale esse debate, se as posições são imutáveis? - questionou o ministro.

Geddel explicou que se trata de um projeto integrado de desenvolvimento, com medidas complementares e de revitalização do Rio São Francisco e que visam, inclusive, recuperar o meio ambiente de eventuais efeitos danosos à natureza. Como exemplo, lembrou que o governo já está replantando matas ciliares, recompondo margens desgastadas e construindo viveiros e cisternas, obras que, segundo avaliou, "combatem o instinto predador do homem".

- Eu queria reafirmar a convicção do governo de que esse projeto é importante para o nordeste setentrional e importante para o Brasil. É, sim, componente de uma política global de combate às desigualdades regionais que se avolumam na medida em que já vão se transformando em desigualdades intra-regionais - esclareceu ainda.

Ao final do pronunciamento de Geddel, o senador César Borges (PR-BA) afirmou que o ministro só mudou de posição no que diz respeito à transposição do Rio São Francisco a partir do momento em que se tornou ministro de Estado.

Geddel rebateu, afirmando que o momento era de discussão do projeto, e era necessário "deixar as querelas da Bahia para a Bahia".

O senador tentou contra-argumentar, mas o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, que presidia a sessão, não permitiu.

- Essas são agressões pessoais que não podemos permitir num debate como este - justificou Garibaldi.



14/02/2008

Agência Senado


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