Ministro da Justiça explica a Sarney operação da Polícia Federal no TCU



O presidente do Senado, José Sarney, recebeu nesta quinta-feira (2) o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que fez um relato sobre a Operação Sentinela, realizada pela Polícia Federal, e que resultou na prisão de funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU), órgão auxiliar do Poder Legislativo. O ministro informou que a operação "surgiu de uma comunicação feita pela Secretaria de Direito Econômico, e é localizada, aparentemente".

- Quero louvar a cooperação do presidente e de todos os ministros do Tribunal de Contas, que deram todo o apoio à operação, contribuíram, colaboraram e somos muito gratos a eles. Como é um órgão auxiliar do Congresso Nacional, eu aproveitei que vim aqui para conversar com o presidente Sarney sobre outros assuntos e fiz um relato - esclareceu o ministro.

Bastos não confirmou a informação de que uma empresa do ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, estaria sendo investigada, mas garantiu que isso não mudaria em nada os rumos da investigação.

- Não muda, e nem se sabe se está envolvida. É uma investigação, e o ministro Eunício de Oliveira merece todo o nosso apreço, respeito e consideração. As investigações são feitas de maneira impessoal e republicana, como a Polícia Federal vem trabalhando: com planejamento e com inteligência e informações - disse.

O ministro da Justiça não quis comentar mais o assunto, afirmando apenas que "o que a Polícia Federal faz é colher provas, que depois serão levadas à avaliação e ao escrutínio do Poder Judiciário". Quando um repórter assinalou que o próprio governo estaria sendo surpreendido pelas operações da Polícia Federal, ele retrucou:

- Isso faz parte de um planejamento do governo, que vem desde antes da posse, e eu acho que está dando bons resultados, e a gente pretende que continue sendo feito dessa maneira, sem perseguir e sem proteger. A Polícia Federal tem vida própria, nós temos um grande diretor-geral e está sendo feito um trabalho que enche de orgulho a todos os brasileiros - afirmou o ministro.

Bastos explicou os objetivos da Operação Sentinela:

- È uma operação que visa apurar fraude em licitação. É isso que está sendo apurado. As prisões decretadas são prisões temporárias, só para investigação, e a operação vai continuar agora para depois poder mandar provas para o Judiciário.  

> ACM: ofício de Valmir Campelo a favor de ação da Polícia Federal depõe contra o TCU


02/12/2004

Agência Senado


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