Ministro quer agilizar respostas a pedidos de financiamento para inovação



O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, disse que fará um grande esforço de eliminação da burocracia com objetivo de dar respostas o mais rápido possível aos pedidos das empresas para financiamento de ações de inovação. O Programa Inova Empresa foi um dos assuntos mais destacados por ele em audiência pública no Senado nesta terça-feira (2), sobre as atividades da pasta que comanda. Segundo Raupp, a meta é de que as solicitações sejam avaliadas e respondidas em no máximo um mês.

Lançado em março pela Presidência da República, o programa visa elevar a produtividade e competitividade das empresas brasileiras. De acordo com o ministro, o investimento total para o programa em 2013 e 2014 é de R$ 32,9 bilhões.

- A porta vai ser única, vai ser a sala da inovação. Lá estarão presentes representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, dos vários ministérios, e das várias agências que participam como financiadoras. E a empresa vai apresentar o seu plano de inovação empresarial e vai ser aconselhada a qual tipo de financiamento melhor se adequa ao que eles querem fazer – explicou Raupp.

Ele explicou ainda que será criada a Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial (Embrapi) para fazer a gestão do relacionamento entre as empresas  e o governo. A organização vai operar unidades e laboratórios credenciados e polos de inovação para desenvolver projetos a partir da demanda empresarial.

Parcerias

Após ter incorporado o “I” de “Inovação”, o ministério, explicou Raupp, passou a atuar de forma transversal, em parceria com 20 ministérios. Como exemplo dessa mudança na abrangência de ação, ele citou o projeto com a Secretaria de Direitos Humanos, no Programa Viver sem Limites, em que se desenvolvem produtos para inclusão de pessoas com deficiência. Destacou também o trabalho conjunto com o Ministério das Comunicações para desenvolver satélites geoestacionários, fundamentais para a Amazônia.

- Ele [o satélite] vai atender lá quase dois mil municípios da região, que não são servidos hoje. E  vai atender um programa de banda larga, que é do Ministério das Comunicações, e o segundo [a ser atendido] é um programa de comunicações das Forças Armadas – informou o ministro.

Durante o debate, o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) disse não ter nada a acrescentar aos planos do ministério, mas observou que não acredita na concretização dos projetos. Em resposta, o ministro se disse otimista, apesar de ter consciência do desafio que representa alcançar todas as metas. E ressaltou o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para os projetos e o reconhecimento formal do papel da ciência e tecnologia no país pela presidente Dilma Rousseff.

- Pela primeira vez, foi formalmente reconhecido que ciência e tecnologia tem um papel a desempenhar para modernização da sociedade e para o desenvolvimento do país. Isso nos dá essa esperança de que a gente pode fazer uma diferença e pode ajudar a avançar minimamente – respondeu o ministro.



02/04/2013

Agência Senado


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