Moeda de Prata homenageia Diamantina



Com valor de face de R$ 5 e cunhada em prata, o Banco Central do Brasil lançará, na próxima sexta-feira (6), a mais nova moeda da série numismática Cidades Patrimônio da Humanidade no Brasil. Desta vez, a homenagem é para a Diamantina (MG). A cerimônia será às 10h, no Teatro Santa Izabel. As tratativas para a escolha da cidade contaram com a participação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por meio da Assessoria de Relações Internacionais (Arin) e da Superintendência do Iphan em Minas Gerais.

O preço da moeda será R$ 180. Inicialmente, serão lançadas três mil unidades, mas este número pode chegar a 10 mil, caso haja demanda. A nova moeda irá se juntar às outras da mesma série: Brasília (lançada em 2010), Ouro Preto (lançada em 2011) e Goiás (lançada em 2012).

A histórica Diamantina

Diamantina foi o maior centro de extração de diamantes do mundo no século XVIII. Situada no estado de Minas Gerais, é um importante testemunho da ocupação do interior do País demonstrando, como no século XVIII, os aventureiros a procura de riquezas e os representantes da Coroa Portuguesa adaptando os modelos europeus a uma realidade americana, criando uma cultura original.

O Centro Histórico da cidade de Diamantina, tombado pelo Iphan em 1938, é um belo exemplo da mescla de aventureirismo e refinamento, ocorrido nas Américas. Entre os edifícios civis mais importantes estão a Casa da Intendência (atual Museu do Diamante), a Casa do Contrato e o Mercado Municipal, construído no século XIX, onde havia um rancho de tropeiros. As edificações residenciais, remanescentes dos séculos XVIII e XIX, apresentam fachadas de linhas sóbrias e um sistema construtivo baseado em estruturas de madeira e vedações de pau-a-pique. Duas casas destacam-se do conjunto: a do Padre Rolim, atual Museu do Diamante, e a de Chica da Silva, onde hoje está instalado o Escritório Técnico do Iphan. Do conjunto urbano, sobressai-se também o Passadiço da Glória, que faz a ligação entre dois sobrados dos séculos XVIII e XIX.

Edifícios com paredes brancas e detalhes coloridos, muxarabis, balcões com pinhas de vidro, rótulas treliçadas e pavimento em lajes de pedra compõem a imagem urbana de Diamantina, que tem como pano de fundo a Serra dos Cristais. Ao elevar Diamantina à condição de Patrimônio Mundial, em 4 de dezembro de 1999, a Unesco considerou que seu conjunto urbanístico-arquitetônico, marcado pelo espírito aventureiro, combinado a engenhosidade e capacidade de adaptação aos trópicos, constitui um precioso testemunho da ocupação do interior do País.

Fonte:

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional



04/12/2013 17:37


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