Mortalidade materna por complicações na gravidez, parto e puerpério cai 56%
A redução dos óbitos por causas obstétricas diretas foi o principal fator que levou à redução da taxa de mortalidade materna no Brasil – de 140 a cada 100 mil nascidos vivos, em 1990, para 75, em 2007. As mortes por complicações durante gravidez, parto e puerpério diminuíram 56% nos últimos 18 anos. Os dados estão reunidos no “Saúde Brasil 2009”, publicação do Ministério da Saúde que reúne as principais análises e indicadores em saúde no País.
Entre 1990 e 2007, todas as causas específicas de morte materna diminuíram: por hipertensão (63%), hemorragia (58%), infecções puerperais (47%), por aborto (80%) e por doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto ou puerpério (51%).
A redução das mortes por complicações durante a gravidez, parto e puerpério se deve à ampliação do acesso aos cuidados hospitalares, com acompanhamento das mulheres antes, durante e após o parto. Hoje, 98% dos partos no Brasil são realizados em hospitais e 89% por médicos. O resultado é reflexo do maior acesso ao pré-natal e acompanhamento médico por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF). Quase 90% das mulheres grávidas realizam pelo menos quatro consultas pré-natal no Sistema Único de Saúde (SUS). O número aumentou em 30% desde 1996. Já a ESF está presente em 99% dos municípios, com 31.500 equipes.
O “Saúde Brasil 2009” mostra também que o aborto passou de quarta para quinta causa de mortalidade materna, desde 2007. A taxa de mortalidade materna por este motivo caiu 80% desde 1990.
Dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS 2006) mostram que 80% das mulheres, atualmente, usam algum método anticoncepcional. A pílula anticoncepcional e o Dispositivo Intrauterino (DIU) são os dois métodos mais procurados pelo público feminino no País. Em 2003, as mulheres retiraram 8 milhões de cartelas de pílulas em postos de saúdes e hospitais de 4.920 municípios.
Em 2008, foram distribuídas pílulas, em todas as cidades do Brasil. Em 2010, o Ministério da Saúde distribuirá 50 milhões de cartelas de pílulas – seis vezes mais do que em 2003. O investimento total em pílulas e outros contraceptivos alcança, em 2010, o recorde R$ 72,2 milhões – sete vezes mais do que foi aplicado em 2003 (R$ 10,2 milhões).
Fonte:
Ministério da Saúde
14/12/2010 20:38
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