Patrícia alerta para a morte de mulheres durante a gravidez ou o parto
Ao registrar a passagem do Dia Internacional de Luta contra a Mortalidade Materna, a senadora Patrícia Saboya (PPS-CE) alertou para a morte de milhões de mulheres em todo o mundo por complicações durante a gravidez ou o parto. -A cada minuto, uma mulher morre vítima dessas complicações-, afirmou. Com base em dados da organização não-governamental (ONG) Rede Feminista de Saúde, a senadora destacou que 95% dos óbitos maternos no mundo ocorrem em países em desenvolvimento e 98% dessas mortes poderiam ser evitadas. - O Brasil se comprometeu, na década de 1990, a reduzir pela metade a mortalidade materna. Mas a taxa de 68,9 mortes de mulheres em cada 100 mil crianças nascidas vivas registrada em 1980 caiu para apenas 58,5 em 1998 - frisou. Patrícia Saboya ainda apontou um agravante, pois, de acordo com o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Mortalidade Materna, concluído em 2001, os dados podem estar subestimados. Segundo ela, os registros e o acompanhamento de mortes durante a gravidez, o parto e o pós-parto no Brasil ainda é incipiente e especialistas estimam que a taxa brasileira seja de 130 mortes de mulheres para cada 100 mil nascidos vivos.
Para reverter este quadro, a senadora sugeriu o melhoramento da qualidade do atendimento no pré-natal, no parto e no pós-parto. -De acordo com dados do Unicef, 32% das mulheres que vivem em áreas rurais não realizam nenhum controle pré-natal. Além disso, somente 10 estados brasileiros alcançam a meta de 50% das mulheres grávidas que realizam pelo menos as seis visitas ao médico durante a gravidez - percentual recomendado pela Organização Mundial de Saúde-, ressaltou.
30/05/2003
Agência Senado
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