Mostra aborda aspectos da ocupação do interior paulista
O Museu da Casa Brasileira e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) apresentam a exposição "Patrimônio Paulista: a caminho do Oeste e patrimônio escolar", com visitação até 16 de fevereiro.
A mostra é resultado da pesquisa elaborada para o terceiro e o quarto volumes da coleção Patrimônio Paulista, respectivamente "A caminho do oeste paulista" e "Patrimônio escolar: uma saga republicana", que reúnem textos da escritora e cientista social Margarida Cintra Gordinho e fotografias de Iatã Cannabrava, Malu Teodoro e Vinícius Assencio.
A exposição aborda aspectos da ocupação do interior paulista e a formação de seu patrimônio cultural, revelando também a expressividade das edificações escolares construídas em São Paulo entre 1890 e 1930.
"A publicação do terceiro e quarto volumes da coleção Patrimônio Paulista, e a realização dessa exposição consolidam a parceria entre o MCB e o Condephaat na promoção da atualização do levantamento e documentação dos bens protegidos por meio de tombamentos em todo o Estado de São Paulo. Um registro fundamental para trazer ao público nossa história por meio da memória construída ao longo dos séculos", afirma Miriam Lerner, diretora geral do Museu da Casa Brasileira.
"A valorização e ativação do patrimônio cultural tombado é um processo multifacetado e complexo. O reconhecimento de um bem enquanto patrimônio cultural se justifica principalmente pelo que ele representa para a identidade de seu povo. Por isso, divulgar a memória deste patrimônio é igualmente importante", avalia Marcelo Mattos Araujo, Secretário de Estado da Cultura de São Paulo.
"Temos a certeza de que esta exposição – e a coleção de que faz parte – cumprirá seu papel de ampliar a compreensão e o reconhecimento sobre a importância do patrimônio cultural paulista em toda sua amplitude, integrando-se a um conjunto de outras ações do Governo do Estado de São Paulo que visam valorizar e preservar a memória de nossa sociedade."
Iniciada em 2010 com a publicação do título "Patrimônio da metrópole paulistana", e depois com o segundo volume "Litoral e Vale do Paraíba", a coleção Patrimônio Paulista formata um importante inventário dos bens tombados até hoje pelo Condephaat.
"Em conjunto com o Sistema Estadual de Museus (Sisem–SP), são promovidas itinerâncias das exposições da coleção Patrimônio Paulista para diversas cidades paulistas, preferencialmente naquelas com obras tombadas. Com isso, destaca-se a importância da preservação deste acervo como memória viva de nossa história, fomentando a cidadania e incentivando os moradores sobre o compromisso coletivo necessário para a construção, reconhecimento e preservação do patrimônio comum", conclui Giancarlo Latorraca, diretor técnico do MCB.
Sobre os livros
"A caminho do Oeste" traz informações sobre o patrimônio cultural do interior paulista, que evidenciam a dimensão de conjunto e revelam aspectos relativos à ocupação do Estado.
Trata-se de outra forma de contar a história de São Paulo, por meio dos imóveis, paisagens, obras de arte e monumentos que atravessaram o tempo como testemunhos ou intérpretes desse desenvolvimento.
O livro, editado pela Editora Terceiro Nome com patrocínio da Imprensa Oficial por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, registra bens tombados pelo Condephaat no interior do estado de São Paulo, como igrejas, catedrais, mosteiros, residências, bairros, fazendas, estações ferroviárias, pontes e fábricas.
"Patrimônio escolar: uma saga republicana" adota um recorte justificado pela expressividade das edificações escolares construídas no Estado de São Paulo entre 1890 e 1930, período da Primeira República.
Cada imóvel individualmente possui relevância própria, mas no conjunto fica evidente também o registro de um período importante da política educacional paulista, alvo de numerosos e importantes estudos acadêmicos.
A publicação, editada pela Editora Terceiro Nome com patrocínio da Imprensa Oficial por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, apresenta as 126 "escolas republicanas" construídas na capital e no interior do estado de São Paulo entre o final do Império e o início da Era Vargas e tombadas pelo Condephaat.
Lançados conjuntamente no MCB em 3 de dezembro, os livros podem ser encontrados no museu, assim como os volumes 1 e 2 da coleção Patrimônio Paulista e outros títulos relacionados às áreas de arquitetura, design e temas correlatos.
Sobre a Coleção Patrimônio Paulista
Das paisagens que cobriam o território paulistano na época do descobrimento às casas bandeiristas, às escolas e às construções típicas da chamada moderna arquitetura brasileira, a coleção Patrimônio Paulista registra os bens culturais do estado tombados pelo Condephaat.
O primeiro volume da coleção, "Patrimônio da metrópole paulistana", foi lançado em dezembro de 2010 e registra os bens tombados na região metropolitana de São Paulo.
O segundo volume, "Litoral e Vale do Paraíba", lançado em dezembro de 2012, trata dos bens da região litorânea do Estado e do Vale do Paraíba.
Com edição da Editora Terceiro Nome, os quatro volumes da coleção têm textos da escritora e cientista social Margarida Cintra Gordinho e fotografias da equipe coordenada pelo fotógrafo Iatã Cannabrava.
Margarida Cintra Gordinho, cientista social formada pela Universidade de São Paulo, foi técnica do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo e do Patrimônio Histórico da Eletropaulo. É fundadora e dirigente da Editora Marca D'Água.
Iatã Cannabrava, fotógrafo, curador e agitador cultural, é vencedor de diversos prêmios tanto por seu trabalho fotográfico como pelas diversas exposições, livros e eventos que já dirigiu.
Serviço
Exposição "Patrimônio Paulista: a caminho do Oeste e patrimônio escolar"
Visitação: até 16 de fevereiro
Local: Museu da Casa Brasileira
Horário: de terça a domingo das 10h às 18h
Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705 - Jardim Paulistano
Ingresso: R$ 4 / Meia-entrada - R$ 2
Domingos e feriados – Gratuito
Acesso a pessoas com deficiência/Bicicletário com 20 vagas
Estacionamento pago no local
Fonte:
Ministério da Cultura
05/02/2014 08:16
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